ACUSADO

Ministério Público do Peru pede 35 anos de prisão para ex-presidente por caso Odebrecht

O ex-presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, teria recebido US$ 12 milhões em assessorias secretas da Odebrecht e é acusado de lavagem de ativos e formação de uma organização criminosa

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 12/05/2023 às 22:53
AFP
Ex-presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, de 84 anos, é acusado de lavagem de ativos e formação de uma organização criminosa - FOTO: AFP

Da AFP

O Ministério Público (MP) do Peru pediu, nesta sexta-feira (12), 35 anos de prisão para o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski por suposta lavagem de ativos e formação de uma organização criminosa que teria recebido US$ 12 milhões (R$ 59 milhões) em assessorias secretas da Odebrecht.

A acusação contra Kuczynski, de 84 anos, que responde em liberdade condicional, foi apresentada pelo promotor José Domingo Pérez, da equipe especial da Lava Jato do Peru, que o investiga há mais de cinco anos.

"Ele está totalmente tranquilo, acredita que a situação será resolvida e que ninguém pode acusá-lo de qualquer ato de corrupção", disse à rádio RPP seu advogado, Julio Mindolo.

Segundo o MP, Kuczynski, por meio de suas empresas de assessoria financeira, conspirou com a Odebrecht para apoiar seus projetos de obras em troca de supostos subornos. Se for condenado, Kuczynzki pode cumprir parte da pena em casa por ter mais de 70 anos, segundo a legislação peruana.

A acusação inclui o empresário chileno Gerardo Sepúlveda Quezada, para quem o MP também pediu 35 anos de prisão.

LIBERDADE CONDICIONAL

Ex-banqueiro de Wall Street, Kuczynski goza de liberdade condicional desde abril de 2022, depois de passar três anos em prisão domiciliar. Antes de ser presidente do Peru (2016-2018), ele foi ministro de Alejandro Toledo entre 2001 e 2006. Em 21 de março de 2018, tornou-se o primeiro presidente em exercício nas Américas a renunciar devido ao escândalo da Odebrecht.

Kuczynski deixou o cargo depois que a empreiteira brasileira revelou ter contratado duas consultorias ligadas a ele - Westfield Capital e Firts Capital - para assessorá-la em operações financeiras no Peru, um dado que omitiu quando chegou ao poder.

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