EUA oferece recompensa por responsáveis de assassinato de político equatoriano
O governo americano promete uma recompensa de até 5 milhões de dólares (R$ 25 milhões) por "informação" sobre os responsáveis pelo assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio
Da AFP
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou nesta quinta-feira (28) uma recompensa de até 5 milhões de dólares (R$ 25 milhões) por "informação" sobre os responsáveis pelo assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio.
Em um comunicado do Departamento de Estado, Blinken acrescenta que a informação deve levar "à prisão ou condenação dos cúmplices e autores intelectuais" do assassinato do político.
Villavicencio foi morto a tiros quando saía de um comício em Quito a poucos dias do primeiro turno presidencial, que ocorreu em 20 de agosto.
Durante anos, Villavicencio e seu sucessor Christian Zurita, que ficou de fora da disputa do segundo turno de 15 de outubro, realizaram numerosas investigações jornalísticas sobre o tráfico de drogas.
Além disso, Blinken anunciou outra recompensa, de até 1 milhão de dólares (R$ 5 milhões), por informação que permita identificar ou localizar "qualquer indivíduo que ocupe uma posição de liderança-chave no grupo do crime organizado transnacional responsável pelo homicídio de Villavicencio".
Após o crime, a polícia equatoriana deteve seis colombianos. Outro suspeito, também colombiano, morreu durante a troca de tiros com os seguranças do candidato presidencial.
"A investigação, apoiada pelo FBI (a polícia federal dos EUA), continua identificando outros envolvidos no assassinato", acrescentou Blinken.
A campanha eleitoral do Equador esteve manchada pela violência vinculada ao narcotráfico, um país que, até há pouco tempo, era um refúgio de paz entre Colômbia e Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo.
O novo presidente do Equador deverá concluir o atual mandato de quatro anos previsto até maio de 2025, depois que o mandatário de direita Guillermo Lasso dissolveu o Congresso e convocou eleições antecipadas para evitar ser destituído em um processo de impeachment por corrupção.