Trump acusa Kamala Harris de 'tornar-se negra' para eleições nos EUA

Kamala Harris é filha de pai jamaicano e mãe indiana. É a primeira mulher negra e a primeira descendente do sul da Ásia a concorrer à presidência

Publicado em 31/07/2024 às 18:29

O candidato republicano Donald Trump acusou, nesta quarta-feira (31), em Chicago, a aspirante democrata Kamala Harris de ter-se "tornado negra" por motivos eleitorais, visando as eleições presidenciais de novembro.

"Ela tornou-se negra", disse o ex-presidente (2017-2021) sobre a atual vice-presidente durante um encontro com jornalistas afro-americanos na terceira maior cidade dos Estados Unidos.

"Ela era indiana dos pés à cabeça e, de repente, mudou e se tornou uma pessoa negra", afirmou o republicano.

Harris é filha de pai jamaicano e mãe indiana. É a primeira mulher negra e a primeira descendente do sul da Ásia a concorrer à presidência.

A vice-presidente, de 59 anos, se autodefine como uma "mulher negra" e mergulhou na campanha para a Casa Branca com o apoio do presidente Joe Biden, depois que ele desistiu de tentar a reeleição.

Insultantes

A menos de 100 dias das eleições, Trump teve que reconsiderar sua estratégia eleitoral com a retirada de Biden.

O republicano focava seus ataques políticos na saúde do presidente, chegando a chamá-lo de velho senil.

Mas, com a vice-presidente democrata em campanha pela Casa Branca, Trump se viu obrigado a apresentar novos argumentos.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, denunciou imediatamente os comentários de Trump nesta quarta, classificando-os como "insultantes". "Ninguém tem o direito de dizer a alguém como deve se identificar", frisou.

No mesmo encontro com jornalistas em Chicago, Trump também se gabou de ser o "melhor presidente para a população negra desde Abraham Lincoln", que aboliu a escravidão.

O septuagenário já fez comentários particularmente duros sobre Harris, como em um evento na Carolina do Norte na semana passada, ao acusá-la de "execução de bebês" por suas posições a favor do aborto.

Também sugeriu em uma entrevista no início da semana à Fox News que a vice-presidente não conseguiria enfrentar outros líderes mundiais.

Sempre em busca de apelidos debochados para seus adversários, Trump ainda não se decidiu por um para a democrata, mas alterna entre "Kamala, a mentirosa", "a divertidíssima" e "a louca".

O ex-presidente, que pole suas armas em uma campanha agitada, realizará às 22h00 GMT (19h00 de Brasília) um comício na Pensilvânia, estado onde saiu ferido de uma tentativa de assassinato em julho.

No sábado, visitará Atlanta, na Geórgia, para outro ato político, junto com seu companheiro de chapa, J.D. Vance.

J.D. Vance questionado

Esse senador, de 39 anos, viu sua popularidade cair nas últimas semanas devido ao ressurgimento de vários vídeos polêmicos.

Em um deles, ele faz piada sobre "tias dos gatos sem filhos, solitárias e infelizes", em referência ao fato de que Kamala Harris não é mãe.

Também descreveu a entrada da vice-presidente na corrida pela Casa Branca como um "golpe baixo" para os republicanos.

Harris, que recentemente percorreu Wisconsin, Geórgia e Indiana, viajará na noite desta quarta-feira para Houston, Texas, para falar a estudantes afro-americanos.

 

Insultantes

A menos de 100 dias das eleições, Trump teve que reconsiderar sua estratégia eleitoral com a retirada de Biden.

O republicano focava seus ataques políticos na saúde do presidente, chegando a chamá-lo de velho senil.

Mas, com a vice-presidente democrata em campanha pela Casa Branca, Trump se viu obrigado a apresentar novos argumentos.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, denunciou imediatamente os comentários de Trump nesta quarta, classificando-os como "insultantes". "Ninguém tem o direito de dizer a alguém como deve se identificar", frisou.

No mesmo encontro com jornalistas em Chicago, Trump também se gabou de ser o "melhor presidente para a população negra desde Abraham Lincoln", que aboliu a escravidão.

O septuagenário já fez comentários particularmente duros sobre Harris, como em um evento na Carolina do Norte na semana passada, ao acusá-la de "execução de bebês" por suas posições a favor do aborto.

Também sugeriu em uma entrevista no início da semana à Fox News que a vice-presidente não conseguiria enfrentar outros líderes mundiais.

Sempre em busca de apelidos debochados para seus adversários, Trump ainda não se decidiu por um para a democrata, mas alterna entre "Kamala, a mentirosa", "a divertidíssima" e "a louca".

O ex-presidente, que pole suas armas em uma campanha agitada, realizará às 22h00 GMT (19h00 de Brasília) um comício na Pensilvânia, estado onde saiu ferido de uma tentativa de assassinato em julho.

No sábado, visitará Atlanta, na Geórgia, para outro ato político, junto com seu companheiro de chapa, J.D. Vance.

J.D. Vance questionado

Esse senador, de 39 anos, viu sua popularidade cair nas últimas semanas devido ao ressurgimento de vários vídeos polêmicos.

Em um deles, ele faz piada sobre "tias dos gatos sem filhos, solitárias e infelizes", em referência ao fato de que Kamala Harris não é mãe.

Também descreveu a entrada da vice-presidente na corrida pela Casa Branca como um "golpe baixo" para os republicanos.

Harris, que recentemente percorreu Wisconsin, Geórgia e Indiana, viajará na noite desta quarta-feira para Houston, Texas, para falar a estudantes afro-americanos.

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