Saúde

Em tempos de coronavírus, isolamento social representa desafio para campanha de vacinação contra a gripe

"Esta campanha vai trazer um desafio imenso", diz secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 19/03/2020 às 11:25 | Atualizado em 19/03/2020 às 16:20
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Técnicos analisaram reações em jovens que tomaram a vacina no Acre - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Neste momento em que a epidemia do novo coronavírus avança, o isolamento social é uma das recomendações essenciais das autoridades de saúde. É um período que também coincide com a primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, com início segunda-feira (23) e que tem como público-alvo os idosos e trabalhadores de saúde. Será um desafio e tanto organizar o fluxo nas salas de vacinação. 

“Esta campanha vai trazer um desafio imenso, pois estamos numa fase de restrição de mobilidade, com as pessoas em casa. Mas especialmente para os idosos (grupo de risco para a infecção por covid-19), há um valor importante na antecipação da vacinação. Outro detalhe é que diminuir o impacto das infecções por influenza é fundamental para a gente não agravar a situação nem aumentar a necessidade de uso de leitos de UTI por causa das gripes”, afirmou ontem o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, em coletiva de imprensa no Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, Centro da cidade.

A priorização dos idosos nesta primeira etapa, mesmo diante da não eficácia da vacina de gripe contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para a covid-19. “Esta é uma campanha que não dá para reprogramar porque a sazonalidade dos vírus influenza acontece exatamente agora. Precisamos fazer a imunização”, disse Jailson Correia.

Neste momento de isolamento social gerado pela expansão do adoecimento pelo novo coronavírus, é importante garantir que os idosos tenham acesso a informação para evitar filas nos postos de saúde. O desafio é realizar a campanha com segurança e evitar grande circulação de pessoas. “Faremos estratégias para convidar as pessoas aos postos de saúde perto de casa e evitar aglomerações usando espaços públicos amplos, distância entre as pessoas nas filas e orientando sobre horários de atendimento. Vamos utilizar as escolas e os centros comunitários de maneira organizada para evitar risco de aglomeração de pessoas e minimizar o risco de uma infecção durante a campanha”, destacou o secretário.

19/3/2020- Recepção da emergência do Hospital da Restauração é esvaziada:

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