A recomendação de isolamento social não está sendo atendidas por todos no Recife. Na manhã deste domingo (29), a reportagem da TV Jornal esteve na praia de Boa Viagem e, de fato, não encontrou um domingo normal, mas nem de longe um lugar vazio - o que seria ideal para a prevenção da proliferação do coronavírus na cidade.
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De acordo com o decreto estadual, ir à parques e praças não está proibido, mas é necessário respeitar a distância mínima de 1,5 m entre as demais pessoas. Regra que nem sempre é obedecida por quem optou por quebrar a quarentena e ir às ruas normalmente.
O cenário de pessoas despreocupadas com a pandemia da doença que já matou mais de 30 mil pessoas no mundo nos últimos meses é diferente do encontrado no fim de semana passado, pouco antes das medidas restritivas serem divulgadas. Quem resolveu sair de casa, afirma que está mantendo a distância de segurança recomendada.
Até quem faz parte do grupo considerado de risco se expôs. "Não tenho medo de vir à praia porque tem menos gente, eu moro aqui perto, venho, passeio e fico longe das pessoas", contou Romul Alves, que tem 66 anos, é diabético e tem arritmia cardíaca e foi à praia de Boa Viagem na manhã neste domingo, mesmo contra recomendações do Estado, de organizações ligadas à saúde e das próprias filhas.
"Elas (as filhas) reclamam sim, mas estão em outro local e eu não vou ficar trancado dentro de casa o tempo todo. Falam para eu ficar em casa e eu fico o máximo possível, mas todo dia desço rapidinho, vou à praia, as vezes tenho que ir no supermercado também, pelo menos uma vez por semana", conta.
Apesar de demonstrar tranquilidade, Romul sabe que se for infectado pelo coronavírus corre risco de morte e confessa que tem medo. "Fico com medo, sim. Se eu pegar, provavelmente não sobrevivo, mas não vejo risco aqui na praia, longe das pessoas. Eu desço, mal toco no elevador, no elevador tem álcool em gel, na portaria o porteiro abre e eu nem toco em nada. Quando volto, tiro a roupa e boto para lavar. Tomo bastante cuidado", ponderou. Ele afirmou ainda que vai continuar indo. "Com certeza. A não ser que proíbam", disse.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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