Proteção

Coronavírus: Pernambuco vai ampliar produção de máscaras e batas nas unidades prisionais

Os detentos poderão diminuir o tempo de prisão trabalhando na produção dos equipamentos de proteção

JC
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Publicado em 22/04/2020 às 10:22 | Atualizado em 22/04/2020 às 13:47
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Presos poderão abater dias da pena trabalhando na produção dos EPIs - FOTO: DIVULGAÇÃO/SERES

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Diante da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco lançou uma portaria, no Diário Oficial dessa terça-feira (21), autorizando a fabricação de equipamentos de proteção individual (EPIs) em todas as unidades prisionais do Estado que possuírem máquinas de costura.

A produção deve ser de batas impermeáveis, batas descartáveis, máscara em tecido com três camadas feitas em máquinas de costura, máscaras de tecido não tecido (TNT), e máscaras do tipo protetor facial.

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Hoje, sete presídios já produzem os equipamentos de proteção. No entanto, segundo a portaria, todas as unidades prisionais que possuírem máquinas de costura deverão produzir as máscaras para suprimento às áreas de saúde e proteção dos profissionais que atuam no sistema prisional.

Segundo o secretário Pedro Eurico, o governo estadual está tentando adquirir um número maior de máquinas de costura para confecção dos EPIs. "Queremos ampliar o que for possível e o impossível. O Brasil precisa de máscaras, Pernambuco precisa de milhares de máscaras e o sistema penitenciário quer contribuir com esse esforço que está sendo feito no Estado, " disse.

A confecção das máscaras está sendo realizada com materiais adquiridos pela Secretarias Executiva de Ressocialização e também por doações recebidas de órgãos públicos, empresas privadas, entidades da sociedade civil e particulares.

Vale destacar que os presos não serão obrigados a produzir as máscaras. A portaria fala em "mão de obra carcerária, de forma voluntária". No entanto, para atrair o interesse dos detentos, três dias de trabalho abaterão um da pena. "Não podemos obrigar o preso a fazer, mas estamos sempre conversando com todos eles e está acontecendo uma adesão importante", afirmou Pedro Eurico.

Presídios

Os presídios de Petrolina, de Salgueiro, de Caruaru, de Santa Cruz do Capibaribe, de Limoeiro, de Igarassu e a Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima já produzem EPIs.

Em Santa Cruz do Capibaribe, por exemplo, sete detentos iniciaram a produção diária de 200 batas descartáveis, em TNT, para serem utilizadas pelos profissionais do Real Hospital Português. A parceria com a executiva tem como contrapartida a doação da matéria-prima pelo hospital.

Já no Presídio de Salgueiro (PSAL) dois reeducandos trabalham na sala da direção, cedida temporariamente para as costuras, e fazem 40 unidades por dia. Em Igarassu (PIG), 16 detentos costuram 200 máscaras todos os dias.

Na Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes (PDEG), em Petrolina, e na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), no Engenho do Meio, são 26 detentos trabalhando na confecção de quase mil máscaras de proteção. Somente a PDEG já totalizou em torno de seis mil entregas a unidades de saúde do Vale do São Francisco.

A Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, entregou, durante o período em que produziu, 2.150 máscaras protetoras em acetato a instituições de saúde do município.

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