Segunda chance

Primeira pessoa diagnosticada com coronavírus no Recife recebe alta; veja relato

Engenheiro contou como foi sua internação e a sensação de poder voltar para casa após 2 meses no hospital

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 06/05/2020 às 13:37 | Atualizado em 06/05/2020 às 14:09
TV Jornal
O engenheiro e a esposa passaram férias no Egito e na Itália, no final do mês de fevereiro - FOTO: TV Jornal

O engenheiro civil Sylvio Romero Gouveia Cavalcante, 72 anos, recebeu alta nesta terça-feira (6), após 2 meses de internação no Real Hospital Português por infecção do coronavírus. Internado por 61 dias, sendo 31 deles em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Sylvio comemorou sua volta para casa e falou sobre a "segunda chance" que teve na vida.

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"É muito bom ter uma segunda chance de vida, muito bom poder estar ao lado das pessoas, dos filhos e netos. É muita alegria", disse emocionado. "Próximo ano, vou comemorar duas datas, a do meu aniversário e a data em que sai do hospital", afirmou Romero.

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Sylvio contou sobre o que lembrava dos meses que passou internado. Segundo ele, após a entubação na UTI, tudo do que se lembra são apenas flashes. Hipertenso e diabético, Sylvio disse que deve toda a sua recuperação a Deus e aos médicos e enfermeiros do hospital. 

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"Na UTI, quando você é entubado, você só acorda 31 depois. E só lembro de alguns flashes. Você acorda sem voz, sem ar. Não tem nem condições de falar que está sem ar. Eu devo essa segunda chance na vida a Deus e à equipe do hospital."

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O engenheiro e a esposa passaram férias no Egito e na Itália, no final do mês de fevereiro. Após voltarem ao Brasil, começaram a sentir os sintomas da doença e foram internados. A esposa e a sogra de Sylvio também ficaram doentes, mas também já se recuperaram. "Nós chegamos de viagem no dia 29 de fevereiro e eu comecei a sentir os sintomas no dia 5 de abril", relatou.

Se eu tivesse conhecimento da proporção que essa pandemia tomou, eu não teria viajado.

 

Sylvio contou também que, na época que comprou as passagens, ainda não se tinha muitas notícias sobre o vírus. "Nós compramos a passagem em novembro. Não existia essa divulgação toda sobre o vírus. Se eu tivesse conhecimento da proporção que essa pandemia tomou, eu não teria viajado. Ainda em novembro não tinha essa divulgação como tem hoje".

Em um recado deixado para a população em quarentena, Sylvio pediu para que todos ficassem casa e se protegessem. "Pessoal, não brinquem. Não saiam de casa. E se tiver que sair, usem máscaras. Não brinquem, esse vírus mata", alertou.

 


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