PANDEMIA

Ministério da Saúde diz agora que pico da covid-19 ocorrerá 'entre maio e julho'

Até março, o Ministério da Saúde afirmava que o País se prepara para um pico da doença entre o fim de abril e o início de maio

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Publicado em 05/05/2020 às 19:28 | Atualizado em 05/05/2020 às 19:28
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País ultrapassou marca de 53 mil mortos - FOTO: FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que ainda não há informações disponíveis para afirmar quando, efetivamente, ocorrerá o pico dos casos de contaminação e mortes pela covid-19 nos cinco Estados mais afetados pela doença no País: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas.

Questionado sobre o assunto, Oliveira disse que a curva de crescimento de casos aponta que o comportamento do vírus tem variado entre esses Estados e que a única informação que pode garantir hoje é que o período mais crítico da doença será conhecido entre maio, junho e julho.

"Quando nós avaliamos o número de óbitos, é uma conclusão de duas, três semanas atrás. A situação no Amazonas, Ceará e Pernambuco segue uma tendência de padrão muito similar, de doenças respiratórias nessas regiões", disse Oliveira. "São Paulo e Rio já apresentam padrões mais distintos. Não posso dizer quando seria o pico da pandemia", comentou.

Até março, o Ministério da Saúde afirmava que o País se prepara para um pico da doença entre o fim de abril e o início de maio. O fato é que esse período chegou e os casos e mortes estão em franco crescimento. Estados como Maranhão e Pará, que não figuram entre os cinco mais afetados, estão com medidas de fechamento total (lockdown) em andamento. Os Estados mais afetados estão ampliando suas medidas de restrição de circulação de pessoas.

"Ainda não dá para dizer quando chegaria o pico da crise. O isolamento social reduz a curva de casos. Ainda não sabemos em que data exata isso ocorrerá. O que posso dizer é que será entre maio, junho e julho, não tenho duvida", disse.

 

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Ação de desinfecção dos veículos do estado durante a pandemia do coronavírus no Quartel do comando geral do Corpo de Bombeiros na João de Barros no bairro da Boa Vista - FOTO:FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

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