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Passeio com animais está autorizado em Pernambuco? Tire suas dúvidas sobre o isolamento mais rígido

Tutores se preocupam com as medidas de isolamento adotadas

Maria Lígia Barros
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Maria Lígia Barros
Publicado em 14/05/2020 às 13:23 | Atualizado em 14/05/2020 às 13:53
ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM
Passeio com cachorros na Orla da praia de Boa Viagem em Recife, Pernambuco. Calçadão na beira mar de Boa Viagem em Recife. Pessoas fazendo exercício físico durante a pandemia do novo coronavirus. Brasil. - FOTO: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Com o aumento da restrição na circulação de pessoas em vias públicas, que começa a valer em cinco cidades do Grande recife no sábado (16), fica proibido também o passeio na rua com animais de estimação. Como solução, secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, recomendou a quem mora em condomínios utilizar a área comum dos prédios para andar com os cães. O Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), no entanto, desaconselhou a prática.

Em entrevista à TV Jornal, nesta quinta-feira (14), Antônio de Pádua reforçou que a caminhada com pets não foi elencada como um serviço essencial. “O objetivo do decreto é que as pessoas permaneçam mais isoladamente possível. São 15 dias. Há necessidade de ficar em casa para diminuir a velocidade da transmissão do vírus. Não foi possível viabilizar esses passeios de animais em locais públicos justamente para evitar a circulação maior de pessoas”, justificou. “Esse passeio pode ser realizado dentro do próprio condomínio ou na residência do proprietário”, sugeriu.

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Já o Secovi, representante dos condomínios residenciais, mantém a orientação de isolamento das áreas comuns. Em março, a entidade havia emitido uma recomendação aos síndicos para que evitassem ou suspendessem atividades nesses locais.

“O decreto 49.17 em nenhum momento fala da flexibilização das áreas comuns para o trânsito com pets”, defendeu Noberto Lopes, consultor jurídico do Sindicato. “O momento é de isolamento. Se o próprio Governo vem intensificando isolamento, não tem porque o condomínio flexibilizar”, disse.

“Até porque vem aumentando a incidência de casos nos condomínios”, comentou. “Estamos recebendo muitos questionamentos de como o síndico deve agir no caso de confirmação de suspeita de algum morador contaminado”.

As decisões preocupam os tutores. Emanuela Andrade, de 24 anos, trabalha com hospedagem domiciliar e passeios de cachorros, e advertiu que o período poderá ser difícil para os bichos. "Tem cão que não faz as necessidades dentro de casa de jeito nenhum. E quanto mais segura, mais pode causar uma doença. Se ele ficar doente, vai ter que levar de qualquer forma a um veterinário, se expor e gastar dinheiro", opinou.

Ela também falou dos casos dos animais que necessitam se exercitar para gastar energia. "Alguns precisam caminhar de duas a três vezes por dia, e eles vão ficar em casa enlouquecidos. Pode acontecer outras doenças relacionadas a estresse".

Na sua visão, os prédios permitirem o passeio seria o cenário ideal. "Só tem que colocar restrições. Se tiver outra pessoa passeando naquele momento, você tem que voltar para casa e descer depois. Um por vez. Alguma forma de as pessoas não descerem ao mesmo tempo e fazerem disso uma desculpa para se aglomerar."

Veja a íntegra do decreto

 

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