ESTELIONATO

Jovem é presa no Recife suspeita de aplicar golpes por meio de loja online de roupas

A corporação afirmou que há três anos a suspeita criava perfis de lojas de roupa na rede social Instagram, e que ela fazia vítimas por todo Brasil

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 05/06/2020 às 11:11 | Atualizado em 05/06/2020 às 11:25
REPRODUÇÃO
Delegado Eronides Meneses, chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI/DRACCO), anunciou a prisão - FOTO: REPRODUÇÃO

Uma jovem de 20 anos foi presa no Recife, na manhã dessa quinta-feira (4), pela Polícia Civil de Pernambuco, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI/DRACCO), acusada de praticar golpes por meio da internet. Em coletiva de imprensa online, a corporação afirmou que há três anos a suspeita criava perfis de lojas de roupa na rede social Instagram e, após negociar e receber o valor em depósito das vítimas, bloqueava-nas e não respondia.

Segundo a Polícia, a jovem utilizava o nome de uma loja física do Recife, que, após receber diversas ligações dos clientes enganados, denunciou o perfil à DPCRICI. "Ela (suspeita) nunca teve loja física. Quando as pessoas perguntavam o CNPJ, ela informava o dessa loja, [então os clientes] procuravam o endereço e encontravam facilmente o telefone. Foi assim assim que a loja ficou sabendo", explicou o delegado Eronides Meneses.

O Ministério Público de Pernambuco havia optado por não prender preventivamente a jovem. No entanto, ela não compareceu à intimação da polícia e continuou praticando o crime de estelionato, portanto, segundo o delegado, "o juiz entendeu que, por ela estar praticando, caberia a prisão". De acordo com Meneses, a corporação recebeu entre 15 e 20 denúncias contra a jovem.

O cadastro do telefone que a suspeita fornecia na internet foi identificado e verificado, e, a partir disso, o endereço dela foi encontrado. O telefone também era o mesmo da conta bancária. Aos clientes, ela fornecia a conta, o CPF, e seu nome completo. "Verificamos mais de 100 vitimas bloqueadas no WhatsApp dela. Pela busca do nome, foi possível encontrar um uma denúncia de uma vítima de um golpe, publicado há mais de 1 ano".

Prisão

Ela foi encontrada no flat em que morava, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Lá, foram apreendidos o celular, notebook, cartões de credito e maquinetas da suspeita. No celular, os policiais encontraram três perfis ativos, com cobranças de diversos usuários e outros bloqueados, e a conta de WhatsApp por onde ela fazia as negociações.

Desde os 17 anos, ela pratica o golpe em pessoas de todas as partes do Brasil. No interrogatório, a suspeita afirmou que realmente vendia roupas no começo, mas começou a enganar os clientes quando os pedidos foram aumentando. "A maioria dos clientes eram de outros estados,e como a demanda não estava chegando, não ficamos sabendo".

A jovem foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, mais conhecida como Bom Pastor.

Cuidados

A Polícia Civil alerta que a plataforma de redes sociais não é a ideal para compra e venda de produtos, por não oferecer segurança suficiente. Isto porque as vítimas denunciam a conta, e ela continua ativa por meses ou anos, sendo removida apenas por ação da polícia. Para evitar que caia em golpes, a corporação indica que o cliente faça uma ligação de vídeo com a proprietária da conta, para que ela mostre a mercadoria.

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