Pandemia

Prefeitos se reúnem com Paulo Câmara para debater plano de convivência

Gestores municipais do Grande Recife, da Zona da Mata e de parte do Agreste participaram desta rodada de discussões sobre a flexibilização do isolamento

Renata Monteiro
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Renata Monteiro
Publicado em 09/06/2020 às 16:36 | Atualizado em 09/06/2020 às 19:28
DIVULGAÇÃO/AMUPE
Reunião foi realizada nesta terça-feira (9) - FOTO: DIVULGAÇÃO/AMUPE

O governador Paulo Câmara (PSB) e 41 prefeitos da Macrorregião 1 do Estado (formada por municípios do Grande Recife, Zona da Mata e parte do Agreste) reuniram-se virtualmente nesta terça-feira (9) para discutir a regionalização do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19. O encontro foi organizado pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e também contou com a presença dos secretários estaduais de Saúde, André Longo; de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach; da Casa Civil, José Neto; e de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo. Atualmente, o Estado totaliza 41.010 casos de pessoas infectadas pelo vírus e 3.453 mortes em decorrência da covid-19.

Segundo Paulo, dados do governo apontam para a estabilização da curva de contágios no Estado, por isso a flexibilização do isolamento foi posta em prática. O governador disse, ainda, que pretende ouvir os gestores municipais outras vezes para compreender as particularidades de cada cidade no combate ao coronavírus.

"Iremos promover outros debates para planejarmos os pontos de regionalização do nosso plano, assim como a retomada dos setores econômicos. O momento exige unidade e muita parceria com os municípios para que possamos atravessar essa nova fase em Pernambuco", afirmou o socialista. Outra reunião, desta vez com prefeitos do Agreste, deve ser comandada por Paulo nesta quarta-feira (10).

 

José Patriota (PSB), presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, explicou que os prefeitos que participaram do encontro levaram ao governador as necessidades específicas das suas cidades. "Algumas das principais cobranças dos gestores dizem respeito à retomada dos cultos religiosos, à proibição das fogueiras, à volta às aulas e à liberação dos protocolos para a retomada das atividades", pontuou.

A Amupe disse que, apesar das demandas específicas dos prefeitos, é uma unanimidade entre eles de que não se deve flexibilizar a quarentena se não houver um achatamento da curva em Pernambuco. "O secretário de Educação, Fred Amâncio, vai promover reuniões ainda esta semana com as prefeituras para alinhar com será a volta às aulas. Quanto à abertura de templos religiosos, a questão está sendo discutida com os líderes das igrejas, vamos delegar missões, mas ainda está sem data", cravou o governador, na ocasião.

Encontro satisfatório

Prefeito de Paudalho, município localizado na Mata Norte do Estado, Marcelo Gouveia (PSD) considerou o encontro com Paulo satisfatório, apesar de acreditar que alguns pontos tratados na videoconferência ainda precisam de esclarecimentos. "Esse diálogo entre governo e prefeitos tinha que ter começado antes, mas ainda bem que começou. A previsão de retomada do varejo no dia 15 é satisfatória, mas acho que o governo precisa dar um indicativo mais claro de quando pretende retomar as aulas, para que as prefeituras possam se organizar. Além do mais, em um momento como esse, em que as pessoas precisam de um suporte religioso, acredito ser fundamental o retorno parcial dos cultos", disse.

Sobre as primeiras fases de flexibilização, Bruno Schwambach explicou aos prefeitos como se dará a reabertura do comércio a partir do dia 15. "A ideia é que a gente volte com estabelecimentos menores, com no máximo 200 metros de área total. São empresas que possuem capital de giro menor e por isso necessitam abrir. Estamos estudando com a Secretaria de Saúde e devemos divulgar todos os detalhes até sexta-feira", frisou o auxiliar de Paulo Câmara. Os representantes do governo deixaram claro, porém, que as medidas podem ser revistas se os casos de infecção voltem a subir no Estado.

 

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