Meio ambiente

Prestes a completar 41 anos, Jardim Botânico do Recife integra rede de compartilhamento de espécies

Por meio do projeto "Bandeira Verde - Capitais pela Biodiversidade" o equipamento ambiental da Prefeitura do Recife compõe iniciativa de intercâmbio de sementes com Jardins Botânicos de várias cidades do país

Vanessa Moura
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Vanessa Moura
Publicado em 30/07/2020 às 11:36 | Atualizado em 30/07/2020 às 12:06
Andréa Rêgo Barros/PCR
RESTRIÇÕES Acesso ao Jardim Sensorial, visitas guiadas e atividades ambientais continuam suspensas - FOTO: Andréa Rêgo Barros/PCR

Considerado um dos principais pontos turísticos da capital pernambucana, o Jardim Botânico do Recife (JBR), localizado às margens da BR-232, no bairro do Curado, Zona Oeste da cidade, completa 41 anos de existência no próximo sábado, 1º de agosto. Diferente das comemorações lotadas de visitantes, com apresentações culturais e caminhadas ecológicas, este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, o espaço encontra-se fechado para visitantes. No entanto, apesar do momento difícil o equipamento ambiental municipal tem uma nova conquista a celebrar, já que, por meio do projeto Bandeira Verde - Capitais pela Biodiversidade, ele passa a compor uma rede de intercâmbio de espécies em extinção formada por Jardins Botânicos de várias cidades brasileiras.

>>Saiba como fazer uma visita virtual pelo Jardim Botânico do Recife

Através do compartilhamento de espécies, o programa tem como objetivo principal conservar a flora brasileira em risco de extinção e promover seu uso sustentável, racional e solidário. Os municípios que aderirem à iniciativa deverão, mensalmente, atualizar uma lista com espécies disponíveis para troca, e a partir daí cada um poderá solicitar as sementes que forem necessárias.

No caso do Jardim Botânico do Recife, a listagem com espécies liberadas para permuta em outros equipamentos ambientais do país está disponível no próprio site do órgão, na barra “Index Seminum”. Lá estão presentes sementes, mudas e clones de 13 espécies de plantas, como Umbu, Maracujá silvestre e Pitomba da Bahia.

Conhecido principalmente pelo seu belo cenário locado em uma unidade protegida de 11,23 hectares de Mata Atlântica, o JBR, além de representar um espaço de lazer e contemplação da natureza, também desenvolve pesquisas e projetos voltados à diversas áreas da botânica, como preservação e educação ambiental. O equipamento possui também espaços de cultivo in vitro e uma coleção de espécies que pode ajudar a reflorestar áreas desmatadas e a repor na natureza espécies que correm o risco de serem extintas.

“Atualmente, o viveiro de mudas tem capacidade para produzir 1.200 mudas ao ano, mas já estamos com projeto para ampliar o espaço, assim como a demanda de produção”, contou Sérgio Rocha, gerente do Jardim Botânico do Recife.

Como medida de prevenção e combate ao avanço da pandemia de covid-19, o equipamento ambiental da Prefeitura do Recife está fechado temporariamente desde o dia 20 de março e, até o momento, não tem data prevista para reabertura. 

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