Os mototaxistas voltaram a circular nas cidades pernambucanas que autorizam a prática nesta segunda-feira (17). Agora, com o retorno, os municípios que liberarem a atividade precisam obedecer aos novos protocolos de segurança para impedir o aumento do contágio. Entre as cidades que retornam está Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A movimentação foi grande no ponto localizado na Avenida Lourival José da Silva, no bairro de Petrópolis, próximo à Feira de Artesanato de Caruaru. A reportagem da TV Jornal observou que alguns condutores e passageiros não estavam utilizando itens como máscaras, que são obrigatórias em todo o Estado.

O presidente da associação de mototaxistas de Caruaru, Ivonaldo Caçula, reforçou a importância do retorno para a categoria. “Esse decreto do Governo do Estado foi muito bom. Tinha muitos trabalhadores com aluguel, prestação de casa e até de moto atrasada porque não podiam rodar”, diz. A atividade estava suspensa desde o dia de 23 de março e alguns encontraram uma alternativa nas entregas via delivery durante o período, mas não foram todos. “Principalmente os mais velhos não puderam trabalhar nesse esquema e foram prejudicados”, ressalta.

Protocolos

"O segmento, formado por milhares de trabalhadores no estado, vai poder funcionar, claro, cumprindo todos os protocolos exigidos pelas autoridades, com higienização dos capacetes e moto. Além disso, os trabalhadores deverão respeitar distanciamento de 1,5 metro a todo tempo, até o momento em que o passageiro sobe na moto", explicou o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado, Alberes Lopes. A viseira do capacete deverá permanecer fechada por toda a viagem.

Ainda, para garantir a segurança, é exigido o fornecimento de toucas descartáveis aos passageiros e álcool em gel 70% para higienização das mãos antes de manipular equipamentos de proteção, além da limpeza com álcool 70% do capacete dos passageiros, dos punhos (manopla), das alças de apoio do garupa e dos assentos da moto na presença de cada novo passageiro. No entanto, algumas dessas medidas não foram seguidas pelos passageiros e mototaxistas.

Ivonaldo Caçula questiona sobre quem vai arcar com os custos desses itens obrigatórios. “O movimento vai recomeçar agora e não podemos repassar esse custo para o passageiro. A gente quer saber se vai ter ajuda da Prefeitura e do Governo do Estado para o fornecimento desses materiais que são obrigatórios. Tenho conversado com vereadores e deputados para saber o que será feito”, diz o presidente. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Caruaru e com o Governo do Estado e aguarda retorno.