Justiça

Vizinho acusado de matar e decapitar mulher em Jaboatão dos Guararapes vai a júri popular

O crime aconteceu no dia 10 de dezembro de 2017, na residência da vítima, na comunidade Suvaco da Cobra, em Barra de Jangada

JC
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Publicado em 15/10/2020 às 11:40 | Atualizado em 15/10/2020 às 16:19
Reprodução TV Jornal
Crime aconteceu na madrugada do dia 10 de dezembro de 2017, em Barra de Jangada - FOTO: Reprodução TV Jornal

Atualizada às 15h30

Com informações do repórter Leonardo Vasconcelos, da TV Jornal

Amigos e parentes da diarista Maria Aparecida dos Santos Fidelis, de 52 anos, acompanham nesta quinta-feira (15), no Fórum Desembargador Henrique Capitulino, em Jaboatão dos Guararapes, o júri popular de Alefy Richardson da Silva, acusado de matar e decapitar Dona Cida, como a mulher era conhecida. O crime aconteceu no dia 10 de dezembro de 2017, na residência da vítima, na comunidade Suvaco da Cobra, em Barra de Jangada.

Segundo as investigações, após discutir com a diarista, Alefy teria a decapitado e exposto a cabeça da mulher no muro de sua casa. Alefy foi indiciado por quadruplamente qualificado (cometido por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima, e por razões da condição do sexo feminino - feminicídio) e destruição de cadáver. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Maria Aparecida consta no processo como vítima de feminicídio, de acordo com a decisão de pronúncia da juíza Mirna dos Anjos Tenório de Melo Gusmão. Dona Cida deixou três filhos e dez netos. Uma delas é Cícera dos Santos, que foi ao fórum nesta quinta.

"Estamos ansiosos com tudo isso porque já faz quase três anos que esperamos que essa justiça seja feita. Então, nem dormimos direito", conta. Cícera afirma, ainda, que espera que o júri se comova e dê pena máxima para Alefy. "O que ele fez foi muito cruel porque ele expôs ela. No momento que você pega uma parte da pessoa e expõe, como ele fez, foi uma humilhação", acrescenta.

>> Mesmo sabendo que era filmado, homem espanca mulher no meio da rua em Ilhéus, na Bahia

Amigos de Dona Cida também compareceram ao júri, como é o caso de Emanuel Silva, coordenador da associação de moradores da comunidade de Suvaco da Cobra. "Cida era uma pessoa muito legal. O que aconteceu, quem vivenciou aquele momento, não vai esquecer mais. Estamos aqui dando um apoio porque a justiça existe, mas se a população não cobrar, fica difícil ser cumprida", relata.

O júri teve início às 9h40, com o sorteio de sete jurados e a leitura da denúncia pela juíza. A imprensa não teve autorização de entrar no fórum e acompanhar o julgamento. 

CONDENAÇÃO

A sentença foi anunciada na tarde desta quinta-feira. Alefy Richardson da Silva foi condenado a 21 anos por homicídio triplamente qualificado (cometido por motivo fútil, sem possibilidade de defesa da vítima, e por razões da condição do sexo feminino - feminicídio), e a um ano e dois meses de detenção pelo crime de vilipêndio de cadáver.
 

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