Uma ação da Polícia Federal com a Receita Federal e Correios apreendeu três mil comprimidos de ecstasy no Recife. A droga, escondida em três potes de cremes para cabelo, foi postada em uma agência de Curitiba, no Paraná, e tinha Boa Viagem, na Zona Sul da capital, como destino final. Dois homens foram presos em flagrante. Apesar de ter ocorrido no dia 20 de novembro, o caso só foi divulgado nesta quarta-feira (25) para não prejudicar outra operação contra o tráfico, na Paraíba.
De acordo com a PF, a droga foi localizada com ajuda de um cão farejador e do aparelho de raio-x. Foi a maior apreensão de ecstasy do ano no Estado.
Os agentes acompanharam a entrega ao destinatário, um autônomo de 33 anos, residente em Boa Viagem. Ele informou que ia receber a encomenda para ganhar R$ 500,00 quando entregasse a droga a outro homem. O destinatário final era um auxiliar de administração de 26 anos, morador de San Martin, Zona Oeste do Recife. Segundo a PF, esse segundo suspeito foi abordado e preso após o primeiro marcar um encontro com ele para entregar o entorpecente. Também foram apreendidos a quantia de R$ 2.500,00, dois celulares e um carro.
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Os dois suspeitos foram conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal, no Cais do Apolo, área central do Recife, e autuados em flagrante por tráfico interestadual de entorpecentes e associação. Caso sejam condenados, poderão pegar penas que variam de três a 25 anos de reclusão, além de multa. Com a prisão preventiva decretada em audiência de custódia, eles seguiram para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
A PF demorou para divulgar o caso em Pernambuco para não atrapalhar outra investigação, já que uma nova remessa de ecstasy da mesma quadrilha foi enviada para João Pessoa, na Paraíba, no dia 23 de novembro. Os policiais apreenderam 4.160 comprimidos da droga e prenderam o homem que fez a encomenda. Os detalhes do caso não foram divulgados.
Operações para encontrar mercadorias contrabandeadas, drogas e armamentos nos Correios são feitas de forma rotineira pela Receita Federal, afirmou o auditor-fiscal Gustavo Medeiros de Macedo. "Essa parceria com a Polícia Federal e Receita Federal é de fundamental importância para coibir a prática desses ilícitos por meio das encomendas postais", disse.
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