TRÂNSITO

Recife implanta semáforos para acessibilidade de pessoas cegas

Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), já há 26 equipamentos distribuídos pela cidade

Imagem do autor
Cadastrado por

Rute Arruda

Publicado em 02/02/2021 às 21:31 | Atualizado em 02/02/2021 às 21:54
Notícia
X

A Prefeitura do Recife passou a implantar semáforos para acessibilidade de pessoas cegas. Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), já há 26 equipamentos distribuídos pela cidade e os locais priorizados são as áreas de maior interesse do público-alvo, como o Instituto de Cegos, no bairro das Graças, na Zona Norte.  A previsão é de que 80 sinais desse modelo sejam instalados até o final do ano. 

>> João Campos diz que o Recife precisa de mais acessibilidade nos morros

O novo tipo de semáforo conta com uma frequência sonora mais baixa e concentrada no próprio aparelho, ajudando a pessoa cega a se posicionar melhor na via. As instruções para uso estão em braile, o sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.

Na prática, os usuários devem utilizar o botão como um semáforo de pedestres comum, mas pressionar por três segundos a fim de que o modo sonoro seja ativado. Daí, então, o equipamento informa que a travessia foi solicitada, para que o cidadão aguarde. No momento oportuno para travessia, o ritmo do som passa a ser mais acelerado e a frequência, mais alta, o que sinaliza a segurança para fazer a travessia.

>> Igrejas de Olinda irão receber painéis táteis com informações turísticas para cegos e surdos

Além dos 26 novos equipamentos, a cidade possui, atualmente, 67 com a antiga tecnologia, que serão substituídos. Os locais escolhidos são áreas de maior interesse do público-alvo como, por exemplo, o Instituto de Cegos, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

"Hoje, no Recife, pelo menos 22% da população tem alguma deficiência visual e o investimento desses equipamentos no trânsito traz autonomia para a gente atravessar ruas e avenidas com mais segurança", comentou o gerente da pessoa com deficiência da Secretaria Executiva de Direitos Humanos do Recife, Paulo Fernandes.

Tags

Autor