IMUNIZAÇÃO

Covid-19: Paulo Câmara afirma que fábrica garantiu 10 milhões de doses da Sputnik V para o Brasil

O governador de Pernambuco visitou as instalações da fábrica que produzirá o imunizante no País

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JC

Publicado em 02/03/2021 às 17:58 | Atualizado em 02/03/2021 às 18:39
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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse, nesta terça-feira (2), que a farmacêutica União Química garantiu ter 10 milhões de doses da vacina russa contra o novo coronavírus Sputnik V para o Brasil. Câmara e outros 17 representantes dos Estados e do Distrito Federal visitaram as instalações da fábrica onde o imunizante será produzido, em Santa Maria, no DF.

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Segundo o governador, a partir do próximo mês, caso haja aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina já deve começar a ser produzida no País e as primeiras 10 milhões de doses devem chegar da Rússia ainda no mês de março. A farmacêutica disse que, até dezembro, a Rússia teria condições de produzir e enviar ao Brasil outras 150 milhões de doses.

"A documentação da Sputnik V foi entregue à Anvisa e, havendo autorização, já deveremos ter, a partir do mês de abril, a fabricação desse imunizante no Brasil. Isso vai nos ajudar a acelerar o processo de vacinação da nossa população, juntamente com a produção dos laboratórios Butantan e Fiocruz, para termos mais opções de vacinas. Até porque, a quantidade de vacinas, hoje, ainda está bem aquém do necessário para garantirmos uma cobertura satisfatória para a população brasileira", disse o gestor.

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A fábrica fica localizada em Santa Maria - DIVULGAÇÃO/SEI

A Sputnik V foi a primeira vacina contra a covid-19 registrada no mundo. No entanto, foi recebida com desconfiança ao não serem divulgados detalhes técnicos sobre seu desenvolvimento. Nessa segunda-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou artigos da MP nº 1003, que passou a ser a lei nº 14.121, dificultando a aquisição da vacina russa. Entre os vetos, estava o que determinava a concessão da autorização emergencial feita pela Anvisa em até cinco dias de imunizantes já aprovados em agências reguladoras de nove países.

Com isso, a farmacêutica União Química deverá concluir os protocolos de submissão da vacina ao órgão. Após a visita às instalações da fábrica, o governado de Paulo Câmara criticou o veto ao dispositivo que dava prazo de cinco dias para a Anvisa.

"Se os organismos internacionais, que têm tanto critério na liberação de vacinas em outros países, estão liberando o uso, por que não haver um procedimento mais célere também no âmbito da Anvisa? Precisamos agilizar o plano de vacinação, com toda a segurança necessária, mas infelizmente o governo federal tem barrado iniciativas legislativas que são fruto de muita discussão no Congresso Nacional", comentou.

Reunião com presidente da Câmara

Ainda em Brasília, Paulo Câmara participou de uma videoconferência do Fórum dos Governadores do Brasil com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para discutir um estreitamento de relações entre os Estados e o Legislativo Federal no enfrentamento da pandemia e na celeridade do processo de imunização. Lira se colocou à disposição dos governadores para fazer avançar essas pautas de interesse maior no Congresso Nacional.

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O gestor visitou as instalações da fábrica nesta terça-feira (2) - DIVULGAÇÃO/SEI

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