ÓBITOS

Covid-19: "Pernambuco só tem mortalidade maior do que o Maranhão", diz secretário de Saúde do Estado

Mesmo com taxa de mortalidade abaixo da média, secretário diz que não se pode comemorar. "Só estou ressaltando o esforço que temos feito para podermos salvar vidas", frisou

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Publicado em 25/03/2021 às 23:32 | Atualizado em 26/03/2021 às 6:48
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Com um total de 11.853 mortes pela covid-19, acumulado desde o início da pandemia, Pernambuco não quer repetir o cenário de mortalidade de 2020. Para isso, estendeu a quarentena mais rígida até o próximo dia 31 e convoca a população para cumprir as medidas sanitárias. Mesmo com a curva da covid-19 em aceleração, o Estado tem atualmente uma taxa de mortalidade menor do que a de outras localidades neste momento, segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. Ele faz um comparativo entre a média móvel de mortes registradas nos últimos sete dias, para cada 100 mil habitantes, em todo o Brasil. A taxa em Pernambuco está em 0,42 — e somente o Estado e o Maranhão estão com índice abaixo de 0,5.

"Se consideramos apenas o ano de 2021, Pernambuco só tem mortalidade maior do que o Maranhão. Mas não se comemora isso. Só estou ressaltando o esforço que temos feito para podermos salvar vidas. E podemos salvar mais a partir do nosso comportamento social", ressaltou o secretário ontem durante coletiva de imprensa transmitida pela internet. Ele também frisou que, em abril e maio do ano passado, as taxas de mortalidade eram o triplo do índice atual do Estado. "É certo que essa taxa continua crescente neste momento. Mas, se estamos hoje no pico da pandemia, quando comparado com o mesmo momento de 2020, vamos ver que a mortalidade atual é inferior a 50% da que tínhamos naquele momento", acrescentou Longo.

A cada pronunciamento, o secretário tem alertado sobre o potencial de letalidade cada vez maior do vírus. "O vírus mata. E mata em uma escala assustadora, como já vemos pelas taxas (de mortalidade) de outros Estados, como São Paulo (0,90), Paraná (1,40) e Rio Grande do Sul (2,16), onde esse índice é de duas a seis vezes maior do que o de Pernambuco. No Rio Grande do Sul, por exemplo, são mais de 200 mortes por dia aproximadamente. Aqui, estamos com uma média de 43 óbitos. Mas, se não mudarmos o curso da doença agora, em breve, poderemos chegar no mesmo patamar", alertou.

O secretário reforçou que a população deve cumprir as normas sanitárias, o que fará a diferença nas taxas de ocupação hospitalar. "A quem negar este perigo e descumprir as medidas da quarentena, poderá ser negado, mais a frente, uma vaga de terapia intensiva (UTI). O único compromisso inadiável e urgente é com a vida", frisou Longo.

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