PANDEMIA

Condutores de transporte escolar protestam na Zona Oeste do Recife e cobram auxílio emergencial

Dentre as reivindicações, estão o início de um auxílio emergencial específico para o setor, além de liberação para atuação em outras áreas de transporte de passageiros

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Vanessa Moura

Publicado em 08/04/2021 às 9:21 | Atualizado em 08/04/2021 às 10:03
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Matéria em atualização.

Condutores de transporte escolar se reuniram na Praça de Jardim São Paulo na manhã desta quinta-feira (8) para cobrar maior atenção dos municípios e do estado de Pernambuco em prol da categoria, que foi afetada pela suspensão das aulas presenciais durante a pandemia. Dentre as reivindicações, estão o início de um auxílio emergencial específico para o setor, além de liberação para atuação em outras áreas de transporte de passageiros. 

"Desde março do ano passado nós estamos protocolando documentos, fazendo solicitação de auxílio, cesta básica e oportunidades de trabalho em outras áreas, uma vez que nosso carro é exclusivo escolar e não podemos trabalhar em outra atividade. O governo até liberou que nós transportássemos mercadoria, mas fora isso não podemos fazer mais nenhum outro transporte. Hoje o que estamos solicitando ao governo, com mais veemência, é poder fechar com empresas para levar e trazer funcionários", explicou Augusto Noblat, presidente do Sindicato de Transporte Escolar de Pernambuco. 

Ainda segundo ele, desde março do ano passado, muitos pedidos de auxílio emergencial foram enviados a diversas prefeituras do Estado. O município de Paulista, no Grande Recife, porém, foi o único que pagou o benefício. "A única prefeitura que disponibilizou auxílio foi Paulista. Em outubro, novembro e dezembro de 2020. Um auxílio de R$ 1.500 nos dois primeiros meses e R$ 1.000 no último".

Os condutores da capital pernambucana e dos demais municípios, no entanto, não foram atendidos. "Ano passado, o então candidato à Prefeitura do Recife, João Campos, se reuniu com a categoria, fez promessas, mas depois que foi eleito parece que se esqueceu", alegou Augusto Noblat. 

Durante o protesto, os veículos escolares formam uma longa fila, enquanto os profissionais pedem por socorro com cartazes e placas, denunciando descaso e muitas dificuldades. Tete Marques, que trabalha há 22 anos como condutora de transporte escolar, precisou vender um dos veículos para pagar as dívidas recorrentes do período que ficou parada. Além disso, das 90 crianças que transportava, apenas cinco continuaram. "Eu tinha dois veículos e transportava 90 crianças, tive que vender meu segundo veículo para indenizar meus funcionários e retornei sozinha com apenas cinco crianças. Não está nada fácil", afirmou.

WELINGTON LIMA/JC IMAGEM
Condutores de transporte escolar fazem protesto na praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife - WELINGTON LIMA/JC IMAGEM
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Condutores de transporte escolar fazem protesto na praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife - WELINGTON LIMA/JC IMAGEM
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Condutores de transporte escolar fazem protesto na praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife - WELINGTON LIMA/JC IMAGEM
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Condutores de transporte escolar fazem protesto na praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife - WELINGTON LIMA/JC IMAGEM
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Condutores de transporte escolar fazem protesto na praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife - WELINGTON LIMA/JC IMAGEM

O objetivo da manifestação, segundo os condutores, é chamar atenção dos governos estadual e municipal, em busca de uma solução para os problemas enfrentados pelo setor. Atualmente, as aulas presenciais de parte dos alunos das escolas privadas já foram liberadas. Mesmo assim, a demanda pelo transporte escolar ainda é pequena, já que aulas presenciais do ensino público, o maior quantitativo de alunos do Estado, permanecem suspensas.

As assessorias de comunicação do Governo de Pernambuco e da Prefeitura do Recife foram contatados pela reportagem do JC e questionadas sobre as solicitações dos trabalhadores. Até o momento, no entanto, não obtivemos resposta. A matéria será atualizada perante novas informações. 

 

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