MALL

RioMar Recife e Grupo JCPM alertam consumidores em campanha contra o trabalho infantil

Começa nesta segunda-feira (14) a campanha "Respeite o futuro de uma criança", criada pelo Grupo JCPM, que pede pelo cumprimento dos direitos essenciais das crianças e dos adolescentes

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 14/06/2021 às 13:14
Notícia
X

A partir desta segunda-feira (14), o RioMar Recife se junta à campanha “Respeite o futuro de uma criança”, criada pelo Grupo JCPM, que pede pelo cumprimento dos direitos essenciais das crianças e dos adolescentes. Estão espalhadas pelo mall peças informativas que alertam sobre a problemática, com o intuito de alertar consumidores e vendedores sobre a exploração infantil, problema social que afetava 38,3 milhões de pessoas com idade entre 5 e 17 anos no Brasil em 2019, segundo os dados mais recentes coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os alertas, estão as frases: “Respeite o futuro de uma criança”; “Diga sim a mais crianças e adolescentes nas escolas”; “Diga sim a mais crianças com direito ao acolhimento no lar”; “Diga sim para mais crianças com acesso à cultura e lazer”. Um vídeo de posicionamento também será veiculado nos canais oficiais do empreendimento, além de TV aberta e fechada, ao longo da campanha.

O gestor de Recursos Humanos Alexandre Morais, de 40 anos, passeava pelo shopping quando viu as frases, que o fizeram refletir sobre o assunto. "Eu acho a campanha importante porque criança tem que estar na escola. Hoje em dia vemos a marginalidade crescendo tanto e acho que é por falta de educação. As crianças trabalham desde cedo, deixam de ir a escola, muitas vezes se revoltam por terem que trabalhar e acaba gerando essa criminalidade toda que temos visto", opinou.

A comerciante Erica Denise, 26, diz que a informação é necessária para que a sociedade "tome um posicionamento diferente no contexto de vulnerabilidade em que as crianças se encontram". "A campanha é necessária para o cenário atual em que a gente vive, onde as crianças estão no trabalho infantil e na exploração. A informação tem sido uma saída tanto para os responsáveis, quanto para a sociedade em si", afirma.

A campanha também será levada também para a Bahia, Sergipe e Ceará. "Pensamos em resgatar essa temática que é super relevante principalmente em tempos de pandemia: o momento em que as famílias tiveram mais dificuldades financeiras que acabaram levando a criança a ir para a rua para ajudar na renda familiar. Isso não é possível, o adulto não pode permitir isso, a criança tem que estudar, brincar, fazer algo para aumentar o conhecimento dela e para definir o futuro dela", destaca a diretora de Desenvolvimento Social do Grupo JCPM, Lúcia Pontes.

A iniciativa — criada pela pela equipe de marketing do RioMar Recife a partir de diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — visa buscar apoio da sociedade em não estimular a permanência dos menores em atividades com algum tipo de remuneração, seja comercializando pequenos itens ou mesmo praticando a mendicância — ato de pedir dinheiro em locais públicos.

DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM
Peça informativa que será disposta no RioMar Recife com a frase: "diga sim para mais crianças com direito ao acolhimento no lar" - DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM
DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM
Peça informativa que será disposta no RioMar Recife com a frase: "diga sim para mais crianças e adolescentes nas escolas" - DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM
DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM
Peça informativa que será disposta no RioMar Recife com a frase: "diga sim para mais crianças com acesso à cultura e lazer" - DIVULGAÇÃO/GRUPO JCPM

A causa do Grupo JCPM foi abraçada pelo Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), a Defensoria Pública, o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Tribunal de Justiça de Pernambuco, Conselho Tutelar, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas, FEPETIPE - Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco, Superintendência Regional do Trabalho/Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, Centro Dom Hélder Câmara e a entidade social Pequeno Nazareno.


“Quando cresce o desemprego e há aumento na informalidade, há uma tendência de crescer também o trabalho infantil, que é causado por vários fatores; entre eles, a pobreza. As crianças que estão hoje no trabalho infantil são filhos do ciclo intergeracional da pobreza, e deve ser feito o fortalecimento de políticas públicas de proteção nessa infância, que incluem educação, saúde e qualificação do trabalho do adulto”, pontua a procuradora do Trabalho e coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), Jailda Pinto.

Tags

Autor