INVESTIGAÇÕES

Policiais são presos em Pernambuco suspeitos do desvio de mais de 300 armas

As armas desviadas estavam armazenadas no depósito da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core)

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Larissa Lira

Publicado em 12/08/2021 às 22:00 | Atualizado em 13/08/2021 às 11:43
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Com informações da TV Jornal 

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12),  a 'Operação Reverso',  que cumpriu 18 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão por desvio de 326 armas que estavam armazenadas no depósito da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no Recife. Em coletiva, o órgão divulgou que dois policiais foram presos preventivamente, outros dois detidos temporariamente e um policial militar preso em flagrante. Eles são investigados pelos crimes de peculato, corrupção e comércio ilegal de arma de fogo. 

De acordo com a corporação, os profissionais estavam envolvidos em uma organização criminosa, que comercializa os armamentos no mercado ilegal. "As armas eram desviadas do patrimônio da Polícia Civil e comercializadas com os criminosos. Quem pagasse o preço exigido, ficava com o objeto", explicou o delegado Cláudio Castro.

Entre os armamentos desviados e comercializados, estavam espingardas, revólveres, pistolas e submetralhadoras, segundo a polícia. "Cumprimos 22 mandados de busca e apreensão, um deles no Pará, e 18 de prisão, visando esclarecer o desaparecimento das armas de fogo", completou o Chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Nhemias Falcão. A Operação Reverso começou com as investigações em janeiro de 2021, logo após o “sumiço” das armas, e ainda não acabou, segundo o chefe de polícia. 

Entre os policiais civis, dois foram presos preventivamente e os outros dois temporariamente. O policial Militar, autuado em flagrante por porte ilegal de arma, pagou fiança e acabou sendo liberado. Já com os integrantes da organização criminosa que foram presos, os policiais apreenderam oito armas, R$ 40 mil em espécie e R$ 6 mil em cédulas falsas, além 3 quilos de um derivado de cocaína. A polícia investiga se as armas apreendidas estão entre as que foram subtraídas do estoque da Core. 

Para Nhemias, a ação é motivo de vergonha para a Polícia Civil. "Lamentamos que policiais tenham traído o juramento e os colegas de profissão. Não festejamos, mas estamos procurando dar as respostas que a sociedade merece diante desse crime cometido". 

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