Vizinhos de prédio interditado em Jaboatão relatam que moradores ficaram desesperados ao perceberem problemas no imóvel
O condomínio possui quatro blocos do tipo caixão, cada um com 16 apartamentos, sendo que apenas o B foi considerado inseguro pelo órgão da gestão municipal
Com informações da TV Jornal
Dois dias após a Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes interditar um dos três blocos de um condomínio situado no bairro de Candeias, vizinhos do imóvel contaram à reportagem da TV Jornal que os moradores do prédio que apresentou problemas estruturais, como rachaduras, ficaram desesperados ao escutarem estalos na noite da última sexta-feira (3). O condomínio possui quatro blocos do tipo caixão, cada um com 16 apartamentos, sendo que apenas o B foi considerado inseguro pelo órgão da gestão municipal.
"A movimentação foi muito grande, todos os moradores saíram em pânico, estavam muito perturbados, ouviram muitos estalos", detalhou uma moradora do C que preferiu não se identificar.
O professor Lourival Santana, que reside no bloco A, relatou que percebeu uma "gritaria" por volta das 20h da sexta-feira e que o quadro era tão confuso que sequer era possível entender de pronto o que estava acontecendo. "O povo estava desesperado, havia muita gritaria e a gente não sabia o que tinha ocorrido. Só mais tarde soubemos que havia problemas no prédio, que os moradores tinham ouvido estalos e precisaram sair de lá porque o perigo era grande", observou.
A Prefeitura de Jaboatão afirmou que a Defesa Civil do município esteve no imóvel ainda naquela data. Os vizinhos do edifício afetado contam que o órgão também esteve no local no sábado (4). "Ontem a Defesa Civil esteve aqui para acompanhar os moradores que precisavam tirar medicamentos e outros objetos pessoais do bloco. Isso porque eles saíram sem documentos, roupas, sem nada", disse a mulher que não quis se identificar.
A moradora frisou, ainda, que nenhum problema havia sido percebido antes pelos vizinhos, que tudo ocorreu muito rápido e que mesmo quem mora nos outros imóveis está com medo do que pode ocorrer. "Ficou a sensação de medo, um sentimento ruim por conta das pessoas que saíram de suas casa, idosos, crianças, e a gente fica sem conseguir dormir, com medo que a qualquer hora algo possa acontecer".
Lourival Santana, por sua vez, contou que a Defesa Civil disse que, ao menos por ora, os moradores dos demais blocos não precisam deixar as suas residências. O órgão orientou o condomínio a contratar um engenheiro calculista para avaliar o que causou os danos no prédio, se isso afetou os outros blocos e o que precisa ser feito para reparar o problema.