Censo 2022: IBGE avalia infraestrutura urbana de municípios de Pernambuco
Os quesitos investigados servem de subsídio para políticas públicas nas três esferas de governo, envolvendo saneamento básico, mobilidade urbana, acessibilidade, segurança pública e meio ambiente, entre outros temas
A partir desta segunda-feira (20), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai rodar Pernambuco para realizar a Pesquisa Urbanística de Entorno dos Domicílios, que avalia a infraestrutura das zonas urbanas em todos os municípios do Brasil.
Os dados, que podem servir para nortear políticas públicas nas três esferas de governo, envolvendo saneamento básico, mobilidade urbana, acessibilidade, segurança pública e meio ambiente, entre outros temas, devem ser divulgados em até 2 anos, segundo a assessoria de imprensa do órgão.
Serão analisados fatores como: arborização, pavimentação, iluminação pública, presença de bueiros ou bocas de lobo, capacidade de circulação da via, existência de calçadas, rampas para cadeirante, presença de obstáculos na calçada, via sinalizada para bicicletas e ponto de ônibus - sendo os três últimos inéditos, ou seja, não foram pesquisados no último Censo de 2010.
"Com as informações coletadas, o IBGE será capaz de identificar qual a real situação das características relacionadas à infraestrutura dos municípios”, reforça João Marcelo Santos, coordenador técnico do Censo 2022 em Pernambuco.
Ao todo, 987 agentes censitários municipais (ACMs) e agentes censitários supervisores (ACS) vão percorrer mais de 12 mil setores censitários em todo o estado, preenchendo o questionário em um dispositivo móvel de coleta (DMC), rastreado por satélite e bloqueado para uso exclusivo da instituição.
Nesta etapa, a coleta será feita apenas por observação e não haverá abordagem aos moradores. A coleta de informação nos domicílios começará em 1º de agosto, sendo realizada pelo recenseador.
Além do preenchimento do questionário, os supervisores farão o reconhecimento dos setores onde os recenseadores irão trabalhar, conferindo informações sobre ruas, avenidas e identificando as melhores formas de acesso a esses locais.
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Segundo o Instituto, eles também vão checar e atualizar, no aplicativo de coleta do Censo, os mapas das quadras (ou quarteirões) e faces (cada um dos lados da quadra) já inseridos no banco de dados do IBGE.
É a primeira vez que a Pesquisa do Entorno, etapa preparatória para o Censo 2022, abrange todos os aglomerados subnormais, que incluem ocupações irregulares de terrenos para fins de habitação em áreas urbanas, como favelas, palafitas, comunidades, mocambos, grotas, vilas e localidades semelhantes.
O IBGE afirma ter desenvolvido uma metodologia específica para identificar o percurso feito pelos agentes censitários em áreas sem arruamento regular e sem sinal de GPS.