Homenagem

Luís Tenderini, fundador dos Trapeiros de Emaús, será sepultado neste sábado

Nome ligado ao movimento de Direitos Humanos, Tenderini fundou a associação que capacita jovens de comunidades carentes

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Edilson Vieira

Publicado em 02/07/2022 às 8:48 | Atualizado em 02/07/2022 às 10:47
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O sepultamento está marcado para as 9h30 deste sábado (2), no cemitério de Santo Amaro, Zona Norte do Recife. Luigi Tenderini, ou Luis Tenederini, como era mais conhecido, morreu ontem (1) à noite no Hemope, por complicações de uma leucemia.

Muito conhecido por sua militância em movimentos de Direitos Humanos, Tenderini fundou há 25 anos no Recife a associação Trapeiros de Emaús, entidade que recolhe, recupera e dá uma nova utilidade a móveis e eletrodomésticos descartados, ao mesmo tempo que trabalha a capacitação de jovens em vulnerabilidade social. Tenderini foi amigo e colaborador de Dom Hélder Câmara, então Arcebispo de Olinda e Recife, nos anos da Ditadura.

LEGADO

O Centro Dom Hélder Câmara, associação de promoção dos Direitos Humanos, publicou em suas redes sociais um texto de despedida e homenagem a Luis Tenderini: 

É impossível se despedir de Tenderini. Uma potência como a dele não finda com a chegada da morte. Ele enfrentou, de perto, os horrores da Ditadura. Ele abraçou a justiça social. Sócio-fundador, membro do Conselho Diretor do Cendhec e fundador do Trapeiros do Emaús, dedicou sua vida às pessoas e a proteção de direitos, um legado que nunca será abreviado.

Ele, que trabalhou lado a lado com Dom Helder, acreditava que cada pessoa era a presença de Deus em nosso caminho. Afirmação que pode ser confirmada por aquelas e aqueles que tiveram a oportunidade de partilhar da companhia do italiano.

Dizia ter aprendido com o Dom da Paz, também, a manter a tranquilidade em tempos de dificuldades. Um ensinamento que fala direto aos corações de quem sente sua perda agora.

Nós, do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social, agradecemos por toda a contribuição de Tenderini para este Centro de Defesa e para a manutenção dos Direitos Humanos. Prestamos nossas condolências para sua família e amigos. E nos prontificamos a manter viva a chama que ele acendeu em nossos corações", diz a nota do Cendhec.

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