MÉDICO É PRESO

Médico que atuava em Pernambuco é preso suspeito de violação sexual mediante fraude contra pelo menos 14 mulheres

Um médico ginecologista foi preso suspeito de cometer crime de violação sexual mediante fraude contra pelo menos 14 mulheres

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Julianna Valença

Publicado em 10/08/2022 às 9:51 | Atualizado em 11/08/2022 às 9:31
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Um médico ginecologista de 42 anos foi preso pela Polícia Civil de Pernambuco, suspeito de cometer o crime de violação sexual mediante fraude contra pelo menos 14 mulheres. A polícia não divulgou o nome do suspeito.

Contra o homem foram cumpridos dois mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo – Criminal de Suzano e pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – 12ª Vara Criminal da Capital, executado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE)/DRACCO. O homem foi detido no município de Arcoverde, Sertão de Pernambuco.

Segundo os agentes, o homem atuava como médico nos estados de Pernambuco e São Paulo, onde cometia os crimes. Em Pernambuco, ele chegou a atuar no Recife e em Igarassu, no Grande Recife, e em Arcoverde, no Sertão. O suspeito já tinha passagem pela polícia.

A delegada Ana Luiza, responsável pelo caso, disse que o homem abusava das mulheres durante as consultas ginecológicas. Segundo ela, o profissional não usava luvas durante as consultas e tentava estimular as pacientes sexualmente.

"Ele dizia que isso (os toques) seria essencial para a saúde sexual ou física delas", relatou a delegada. Segundo a delegada, as vítimas relataram que o médico pedia para que elas se despissem completamente durante as consultas.

"Ele não usava bata e não tinha assistentes, além de pedir para que as pacientes ficassem em posições distintas da posição normal ginecológica de exames".

O médico atuava em clínicas privadas.

VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE

No Código Penal Brasileiro, o crime de violação sexual mediante fraude prevê pena de dois a seis anos de reclusão.

"Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos"

Segundo a delegada Ana Luisa, é importante que as vítimas denunciem as condutas criminosas. "Pode ser em qualquer delegacia mais próxima a sua casa, não precisa ser necessariamente em uma especializada da mulher."

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