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YANOMAMI: veja pontos de doações e saiba como ajudar os indígenas Yanomami

A situação dos indígenas da etnia Yanomami ganhou repercussão após uma missão do Ministério da Saúde em Roraima. Crianças e idosos estão em extrema situação de desnutrição

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Katarina Moraes

Publicado em 25/01/2023 às 16:02 | Atualizado em 25/01/2023 às 16:05
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Com Agência Brasil

As organizações não governamentais (ONGs) Ação da Cidadania e Central Única das Favelas (Cufa) lançaram campanha de doação para ajudar no enfrentamento à situação de emergência sanitária dos povos que vivem na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Em Pernambuco, as doações podem ser feitas na sede da Cufa no Estado, localizada na Avenida Norte, 5300, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Para maiores informações, ligar para o número (81) 997475008. Nesta semana, saem caminhões com doações de todo o Brasil rumo a Roraima.

As doações também podem ser feitas através do PIX [email protected] ou pelo aplicativo do iFood. Pela plataforma, basta acessar o perfil > doações > CUFA e finalizar o pedido. O iFood repassará integralmente as doações recebidas.

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A Cufa se uniu à Frente Nacional Antirracista para promover um mutirão solidário para arrecadação de alimentos para os yanomami. Algumas lideranças das duas ONGs vão para Roraima acompanhar in loco a mobilização e a distribuição das doações.

“Não podemos ter informação do que está acontecendo com os yanomami e ficar de braços cruzados. Vamos usar toda a nossa capilaridade e capacidade de mobilização, como já fizemos em outras campanhas para ajudar ao máximo possível”, disse, em nota, Kalyne Lima, copresidenta da Cufa.

De acordo com a Ação da Cidadania, é preciso agir urgentemente para levar alimentos para o povo Yanomami.

“570 crianças yanomami morreram de fome nos últimos quatro anos e centenas de yanomami idosos e crianças estão em situação de desnutrição aguda, e esse número pode ser bem maior já que os órgãos que deveriam monitorar a situação foram completamente desestruturados”.

A ONG informou que está trabalhando em ação coordenada junto aos órgãos do governo federal, como o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entidades militares e locais para levar alimentos para os yanomami.

“A nossa luta é por todos os povos. Não podemos ver o sofrimento desses irmãos indígenas, tão importantes para a construção da nossa sociedade, e não fazermos nada. A Frente Nacional Antirracista está junto com os yanomami”, afirmou Anna Karla Pereira, coordenadora da frente.

Divulgação
Lula foi conhecer de perto a realidade dos povos indígenas Yanomami, em Roraima - Divulgação
Reprodução/Ministério da Saúde
Povos indígenas da etnia Yanomami - Reprodução/Ministério da Saúde
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Lula visitou aldeia Yanomami, em Roraima, no sábado (21) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

YANOMAMI O QUE ACONTECEU

A situação dos indígenas da etnia Yanomami ganhou repercussão após uma missão do Ministério da Saúde em Roraima, no início desta semana. Os técnicos resgataram crianças e idosos em extrema situação de desnutrição e em vulnerabilidade médica.

Crianças deixaram de ser atendidas e necessitam de suporte alimentar, vacinas e tratamento contra a malária e medicamentos, especialmente contra verminoses. As fotos da situação degradante circularam o mundo.

Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública para enfrentar a situação. O território é alvo de garimpo ilegal, que acarreta mazelas aos mais de 30 mil habitantes da região.

"Precisamos também responsabilizar o governo anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de a gente chegar aqui e encontrar adultos com peso de criança, e crianças em uma situação de pele e osso", disse a ministra Sonia Guajajara.

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