PERDA

Jornalista e pesquisador Leonardo Dantas Silva morre, aos 77 anos

Eleito Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2022, Dantas foi repórter especial e colunista do Jornal do Commercio nas décadas de 1960 e 1970

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JC

Publicado em 11/11/2023 às 18:32 | Atualizado em 11/11/2023 às 18:38
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O jornalista, escritor e pesquisador pernambucano, Leonardo Dantas Silva, faleceu na tarde sábado (11), aos 77 anos. O primeiro presidente da Fundação Cultura do Recife estava internado no Hospital Unimed, no bairro da Ilha do Leite, área central do Recife, desde o dia 19 de outubro, para um tratamento de uma fibrose pulmonar, mas acabou não resistindo.

Em seu perfil no Instagram, a filha do pesquisador, Mariana Dantas, postou em homenagem ao pai um trecho da música 'Evocação Nº 3', do Bloco da Saudade: "Partiu para eternidade. Deixando na sua cidade um mundo de saudade sem igual!".

De acordo com a família, o velório será realizado na própria casa do pesquisador, localizada no bairro da Torre, Zona Oeste do Recife, enquanto que o sepultamento acontecerá no cemitério Parque das Flores, no bairro de Tejipió.

PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO 

Eleito Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, em 2022, Leonardo Dantas nasceu na cidade do Recife, em 10 de dezembro de 1945, e iniciou na carreira do jornalismo em 1965, como repórter especial do Jornal do Commercio, sendo responsável pela “Página Carnavalesca”. Na década de 1970, ele também passou a escrever para a coluna da editoria de Cidades.

O jornalista, que também teve passagem pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), assumiu a direção da Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco, entre os anos de 1987 e 2002. Leonardo foi autor e/ou organizador de 64 obras de estudos sociais em sua grande maioria sobre Pernambuco.

Em 1975, convidado pelo governador José Francisco Cavalcanti, Leonardo Dantas ficou à frente do Departamento Estadual de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco e, cinco anos depois, em 1979, foi convidado pelo prefeito Gustavo Krause para criar um plano cultural na cidade do Recife, que deu lugar ao surgimento da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Diante da grande influência e conhecimento cultural, o historiador também foi um dos responsáveis pela criação da Data de Existência Histórica do Recife, que considera o dia 12 de março de 1537, como marco de existência histórica da Cidade do Recife.

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