CARNAVAL

Homem da Meia-Noite estreia no Carnaval de Noronha

Calunga encerrou a folia no arquipélago pernambucano nesta madrugada de quarta-feira (14)

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Katarina Moraes

Publicado em 14/02/2024 às 14:57 | Atualizado em 14/02/2024 às 15:02
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O Homem da Meia-Noite levou toda sua misticidade pela primeira vez até o arquipélago de Fernando de Noronha no início desta Quarta-Feira de Cinzas (14). Sua aparição foi na Praça da Mãezinha, onde estava localizado o palco oficial da folia.

O público já estava na praça aproveitando a programação da terça-feira, quarto e último dia de Carnaval, que iniciou às 16h, com oficina de frevo para as crianças e, depois, a partir das 19h, seguiu noite adentro com uma maratona de shows.

Subiram ao palco Nego Noronha e Karynna Spinelli, com o samba, e Benil, com o frevo. E lá pela meia-noite (no horário do Recife), o mistério tomou conta da ilha. Os instrumentos de sopro da orquestra de frevo anunciaram a chegada do convidado especial. E eis que o Homem da Meia-Noite apareceu, encantando crianças e adultos e colocando todo mundo pra frevar, dando a volta na praça e descendo a ladeira em direção ao centro histórico, acabando o percurso no terminal turístico do Cachorro.

“Maravilhosamente lindo! Eu estou apaixonada. Próximo ano, meus 65 anos, vai ser nas ladeiras de Olinda”, disse a moradora Rosângela Maria do Nascimento.

“Primeira vez em Noronha, muito feliz. Isso só demonstra o fortalecimento da nossa cultura, demonstra que não temos fronteiras. É a nossa cultura atravessando o oceano. Isso é uma honra para o Homem da Meia-Noite”, ressaltou Adilson Silva Correia Neto, vice-presidente do amado calunga.

Edmilson Tanaka/Divulgação
Homem da Meia Noite desfilou no principal polo de Noronha - Edmilson Tanaka/Divulgação
Edmilson Tanaka/Divulgação
Homem da Meia Noite desfilou no principal polo de Noronha - Edmilson Tanaka/Divulgação

Foram quatro dias de festa multicultural promovida pelo Governo de Pernambuco, por meio da Fundarpe e Empetur, e realizada pela Administração de Fernando de Noronha. Para Thallyta Figuerôa, administradora da ilha, e o superintendente de Turismo, Cultura e Esportes da ilha, André Portela, o evento foi bastante positivo.

“Missão cumprida: quatro dias de muita festa. E a gente finaliza com sentimento de dever cumprido, fazendo com que todo mundo celebre aquilo que a gente tem de mais forte, que é a nossa cultura, a nossa história. Ano que vem tem mais do melhor, maior e mais seguro carnaval de Pernambuco”, celebrou Thallyta Figuerôa.

“O melhor Carnaval da história de Fernando de Noronha. Um investimento grande do Governo do Estado de Pernambuco. O pedido da nossa governadora Raquel Lyra e da nossa administradora Thallyta Figuerôa para garantir ao noronhense um Carnaval rico, com o melhor da cultura do estado, que a gente entrega aqui”, complementou André Portela.

CARNAVAL EM NORONHA

O quarto dia do Carnaval de Noronha contou com a apresentações de artistas da ilha e do continente. Foi a primeira vez que a sambista Karynna Spinelli veio tocar em Noronha e ela ficou encantada. “Estou muito feliz. O show teve a participação da ilha inteira, pessoas do Brasil inteiro, parceiros da música de Pernambuco que estão aqui hoje, como o pessoal do Preto Velho, com o seu cantor maravilhoso Wilker, e ainda teve a participação de Carlos Ferreira e de Kyra”, disse Karynna.

E quem mais ganhou com tudo isso foi o público. “Foi muito bacana. Teve samba. Karynna cantou muito, entrou no meio da multidão, teve a participação do Petro Velho, depois teve uma outra atração que foi massa. Mas o mais esperado da noite foi o Homem da Meia-Noite e foi incrível. Foi muito lindo, de arrepiar", disse a relatou a dançarina e moradora, Alê Alcântara.

"Quando o Homem surgiu na Vila dos Remédios e a orquestra começou a tocar a música, foi sensacional. Foi lindo demais. Não poderiam ter feito um evento mais bonito como nessa terça. A galera da ilha curtiu, os turistas acharam bacana demais. A energia do Homem da Meia-Noite é fantástica. Eu só tenho que parabenizar a Administração, as pessoas que participaram direta e indiretamente para trazer o calunga pra cá. Foi surreal, foi muito lindo”, completou Alê.

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