ACESSIBILIDADE

Projeto descreve em áudio paisagens e pontos turísticos do Recife

Em sua etapa inicial, a iniciativa prevê a audiodescrição de seis locais de destaque da primeira Região Político Administrativa do Recife (RPA1), que corresponde ao Centro da cidade

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Katarina Moraes

Publicado em 29/04/2024 às 11:53 | Atualizado em 29/04/2024 às 11:55
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O projeto Visões Sonoras da Cidade, da Com Acessibilidade Comunicacional, disponibilizará audiodescrição de prédios históricos, pontes, ruas e pontos turísticos localizados na área central do Recife. A ideia é possibilitar que pessoas com deficiência visual também possam experienciar a memória e as referências culturais da cidade.

A previsão é que o projeto, realizado a partir do incentivo da Prefeitura do Recife e do Governo Federal por meio do edital da Lei Paulo Gustavo, seja concluído no final de maio.

Em sua etapa inicial, a iniciativa prevê a audiodescrição de seis locais de destaque da primeira Região Político Administrativa do Recife (RPA1), área que reúne uma série de paisagens como fachadas de equipamentos históricos, casarões, praças, pontes, pátios e outros elementos que protagonizam as vivências de cidade da população em geral. São eles: o Marco Zero, a Rua do Bom Jesus, a Torre de Malakoff, parte do casario da Rua da Aurora, a fachada do Teatro de Santa Isabel, e a Praça da República.

O trabalho será realizado por uma equipe de audiodescritores, historiadores, arquitetos e consultores em acessibilidade comunicacional. Depois, armazenado no Soundcloud, disponibilizado em um QR Code hospedado no site da Com Acessibilidade Comunicacional, além de ser entregue para o equipamento público e para as secretarias de Cultura, de Turismo e Lazer, e de Direitos Humanos do Recife.

“É um projeto da cidade para a cidade, que busca contribuir com novas perspectivas de vivenciar o Recife. Com o Visões Sonoras da Cidade as paisagens serão traduzidas para que as pessoas com deficiência visual reconheçam e ressignifiquem sua percepção da cidade e seus monumentos”, destaca a diretora executiva da Com Acessibilidade Comunicacional, Liliana Tavares.

A gestora pontua ainda que, como conclusão da primeira etapa do projeto, será promovida uma visita guiada com audiodescrição e Libras aberta aos usuários dessas tecnologias assistivas. “Será uma recepção que nos permitirá presenciar as sensações manifestadas no público usuário e apontar necessidades de ajustes, analisar a funcionalidade do trabalho e observar se o acesso está sendo feito de forma autônoma”, explica.

“Espera-se que o projeto contribua para que a cidade seja mais inclusiva. Que as pessoas com deficiência visual possam se aproximar da cidade, conhecer e vivenciar espaços públicos de imagens acessadas por pessoas que enxergam. Acreditamos que o projeto irá colaborar para que as pessoas cegas ou com baixa visão vão construir uma sensação de pertencimento desses lugares", finaliza Liliana.

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