Vai à praia em Pernambuco? Veja como saber se ela está apropriada para banho

Lotadas no verão, as praias pernambucanas têm a qualidade da água monitorada periodicamente a fim de verificar possíveis riscos à saúde

Publicado em 10/01/2025 às 11:03
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O verão no litoral de Pernambuco é o momento de encontrar as praias cheias. Todos querem se refrescar das temperaturas que ultrapassam os 30°C facilmente. Mas para se divertir com segurança, é importante ficar atento à qualidade das águas das praias, que nem sempre estão próprias para banho.

O contato com água contaminada oferece risco à saúde, devido à presença dos chamados coliformes termotolerantes ou fecais, bactérias que podem causar doenças como infecções, gastroenterites e até Hepatite A, de acordo com o Ministério da Saúde.

Para saber se uma praia está própria ou imprópria para banho, os pernambucanos e turistas podem acessar os boletins de balneabilidade publicados pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Balneabilidade é o termo usado para definir um conjunto de fatores que define a qualidade da água para fins de recreação, quando há contato direto e prolongado e possibilidade de ingestão de água, como a prática de mergulho e natação.

Os informativos são atualizados semanalmente, pois a qualidade da água de uma praia pode mudar. “A balneabilidade é pontual, pode variar de uma semana pra outra. E é influenciada por diversos fatores. Por exemplo, a chuva é um fator que influencia a balneabilidade”, explica Newton Antas, gerente do laboratório do CPRH.

Dessa forma, não há como garantir que uma praia seja sempre própria ou imprópria para banho, é preciso ficar de olho na classificação periódica feita pela agência.

No último informativo disponibilizado, por exemplo, oito das praias do estado que fazem parte da rede monitoramento do CPRH foram consideradas impróprias para banho, como a praia do Pina, no Recife, e a praia de Maria Farinha, em Paulista.

Os dados dessa classificação são referentes à semana entre 27 de dezembro e 02 de janeiro. Um novo boletim deve ser publicado em breve com atualizações.

Como consultar a lista de praias próprias e impróprias para banho?

Para ter acesso à lista mais recente de praias próprias e impróprias para banho em Pernambuco, basta acessar o site do CPRH e procurar a aba de balneabilidade. O link para a lista fica no topo da página, que é atualizada toda semana, segundo a agência.

Como é feita a classificação da qualidade das praias?

O Programa de Monitoramento da Qualidade das Praias de Pernambuco, do CPRH, segue as normas estabelecidas pela Resolução CONAMA Nº. 274/00, que define os padrões de classificação da água.

Segundo essa Resolução, a qualidade da água de uma praia pode ser classificada entre quatro categorias: excelente, muito boa, satisfatória ou imprópria. As três primeiras correspondem às praias consideradas próprias para banho.

Para ser considerada própria, 80% ou mais das amostras de água obtidas devem apresentar no máximo 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mL de amostra. Quando esse critério não é atendido, ou se a última amostragem apresentar mais de 2.500 coliformes termotolerantes, a praia é considerada imprópria para banho.

Quando evitar banho de mar?

A recomendação mais clara, obviamente, é evitar praias classificadas como impróprias para banho no boletim de balneabilidade mais recente em relação à data em que o banhista quiser tomar banho de mar.

Mas o CPRH também recomenda evitar a praia quando houver:

  • Incidência elevada de doenças causadas por contato com água na região
  • Escoamento de esgotos no mar
  • Presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos na água, como graxas e outras substâncias
  • capazes de oferecer riscos à saúde
  • Floração de algas ou outros organismos, até que seja comprovado que não oferecem risco à saúde.

Além disso, quando chover na região, a recomendação é esperar 24h antes de entrar no mar, pois há um risco maior de transmissão de doenças nesses casos.

Locais de banho de água doce

Até o momento, o CPRH não tem pontos de monitoramento em locais de recreação de águas doces. Segundo a agência, esses locais são avaliados apenas sob demanda.

 


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