Em entrevista na noite desta segunda-feira (30) para o programa “Alerta Nacional”, de Sikêra Júnior, da RedeTV, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou, sem citar nomes e exemplos específicos, “alguns governadores” de estarem utilizando as mortes ocasionadas em decorrência do novo coronavírus (covid-19), para tentar receber mais recursos federais.
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Para o chefe do Executivo, esse método pode estar sendo utilizado para justificar as medidas de isolamento social. “Parece que há interesse de alguns governadores de inflar o número dos óbitos vitimados do vírus, e, a partir daí, dar mais respaldo para eles, talvez, pedir mais recursos do Governo Federal. Para justificar as medidas que eles tomaram e (depois) dizer que ‘se eu não tivesse tomado essas medidas no meu estado a crise seria mais grave e mais pessoas teriam morrido’”.
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A declaração foi dita após o apresentador Sikêra Júnior, sem comprovar o fato, dizer ter visto nas redes sociais um caso em Pernambuco de um suposto borracheiro que teria recebido em seu atestado de óbito a covid-19 como motivo do falecimento. É bom frisar que o Governo de Pernambuco, nesta segunda-feira (30), desmentiu o caso. Segundo comunicado oficial, "diferente do que circulou nas redes sociais, a morte do homem de 57 anos não constou nos boletins epidemiológicos da Secretária Estadual de Saúde (SES)."
Ainda na entrevista na RedeTV, Bolsonaro voltou a criticar as medidas de quarentena adotadas por governadores e prefeitos para prevenir a propagação da doença no território brasileiro. “O pânico é uma doença, o povo entrando em histeria. Os malefícios desse clima serão muito maiores do que o do próprio vírus”, declarou o mandatário.
“Eu sou chefe do executivo, sou líder de uma nação, tenho que estar do lado do povo brasileiro e assim eu estou me comportando”, informou. Minimizando os perigos do vírus, o presidente chegou a falar que outras doenças “mataram muito mais” e que nem por isso “trouxe essa pânico todo para nós”.
A fala foi concluída dizendo que “não podemos viver nessa histeria e nesse clima de terror, não podemos fazer nada” e as regras deveriam ser “afrouxadas”.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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