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Deputado conhecido por quebrar placa de Marielle Franco, Rodrigo Amorim é acusado de ter sido funcionário fantasma

De acordo com a acusação, entre abril de 2014 e março de 2016, o parlamentar passou pelas subsecretarias sem nunca ter trabalhado por lá

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 08/04/2020 às 9:13
Reprodução/Facebook Daniel Silveira
Após episódio da placa, Rodrigo Amorim foi eleito como deputado estadual mais votado - FOTO: Reprodução/Facebook Daniel Silveira

O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), mais votado para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2018, com 140 mil votos, está sendo alvo de uma ação que tramita na Justiça. Rodrigo é suspeito de ter sido funcionário fantasma da Prefeitura de Mesquita, na Baixada Fluminense.

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Uma ação de improbidade administrativa foi feita pela Procuradoria Geral do município. O Ministério Público se manifestou favorável à ação.

De acordo com a acusação, entre abril de 2014 e março de 2016, o parlamentar passou pelas subsecretarias de Governo e de Planejamento – sem nunca ter trabalhado por lá e recebendo um total de R$ 82.105. A cidade tem o pior PIB per capita de todo o estado, segundo dados do IBGE.

A ação pede que a Justiça bloqueie R$ 82 mil do atual deputado, em decisão liminar (provisória). A Justiça do Rio intimou o deputado a se defender antes de decidir se aceita ou não a denúncia.

A juíza Romanza Roberta Neme quer que a defesa do parlamentar seja ouvida antes de decidir ou não pelo bloqueio dos valores.

Histórico

Rodrigo Amorim se notabilizou na campanha à Alerj, no fim de 2018, ao quebrar uma placa com o nome da vereadora assassinada Marielle Franco. O ato ocorreu ao lado do então candidato ao governo Wilson Witzel, em Teresópolis.

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Eleito com o discurso anticorrupção pelo PSL, à época sigla da família Bolsonaro, Amorim já foi também candidato à vice-prefeito do Rio em 2016 na chapa de Flávio Bolsonaro.

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