O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou o nome do novo diretor-geral de Polícia Federal nesta sexta-feira (24). O cargo que foi o estopim para a saída do ex-ministro Sergio Moro, vai ser ocupado por Alexandre Ramagem que comandou a segurança da campanha eleitoral depois que Bolsonaro, então candidato a presidente da República, foi vítima de uma facada.
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Delegado da PF desde 2005, Alexandre chegou a ser nomeado superintendente no Ceará durante o ano passado, mas não chegou a assumir o posto. Foi convidado para trabalhar em Brasília, próximo de Bolsonaro, como auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então chefe da Secretaria de Governo.
Pode ser definido ainda hoje o nome do novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) relataram ao portal UOL que temem que o órgão também seja alvo de interferências políticas do Palácio do Planalto.
“Quero um delegado que, além da competência comum na Polícia Federal, que eu possa interagir com ele. Por que não? Eu interajo com órgãos de inteligência das Forças Armadas, com a Abin, com qualquer um do governo”, disse Bolsonaro nesta sexta.
Os três filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o vereador no Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fizeram lobby pela ocupação do cargo pelo delegado Ramagem.
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