O protesto realizado nesta sexta-feira (1º) por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para pedir a reabertura do comércio no Recife contou com a presença de menos de 20 pessoas. O ato, organizado através de um grupo no Whatsapp, prometia ser uma “grande marcha pela abertura do comércio” e contar com a presença de líderes de movimentos sociais e pré-candidatos nas eleições de 2020, mas foi frustrado pela Polícia Militar (PM).
A concentração da manifestação estava marcada para as 14h, em frente à Padaria Boa Viagem. Por volta das 13h30, seis viaturas da PM e quatro motos da Guarda Municipal do Recife já estavam no local para evitar aglomerações, conforme determina o decreto nº 48.837, de 23 de março de 2020, que proíbe reuniões com mais de dez pessoas no Estado enquanto “perdurar a situação de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”.
Os manifestantes começaram a chegar no local marcado às 14h15. Aproximadamente às 14h40, quando havia cerca de 15 pessoas concentradas, três policiais militares se dirigiram ao grupo para informar que eles não poderiam realizar o ato. Nesse momento, eles tentaram estender uma faixa com os dizeres "queremos trabalhar" e foram bastante hostis com a equipe do JC que acompanhava a movimentação.
"A gente quer o nosso direito. Quem tiver dinheiro, quem tiver comida, fica em casa. Agora pessoas que estão morrendo de fome não podem trabalhar para comer? Por mais mais que vocês (policiais militares) estejam cumprindo ordens, por mais que exista um decreto (proibindo aglomerações), isso é inconstitucional (impedir a abertura do comércio)", argumentou uma das manifestantes quando os militares abordaram o grupo, pouco antes da dispersão do protesto.
Depois de saírem de Boa Viagem, parte do grupo de manifestantes seguiu para a frente do Comando Militar do Nordeste (CMNE), às margens da BR-232, no bairro do Curado. No local, eles estenderam uma faixa pedindo intervenção militar.
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