O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou, nesta segunda-feira (4), a nomeação de Rolando Alexandre como novo diretor-geral da Polícia Federal. Escolha foi feita após o STF suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, primeira opção de Bolsonaro para o cargo. Rolando tomou posse ainda nesta segunda, no gabinete presidencial, meia hora após a nomeação ter sido publicada no Diário Oficial da União.
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Até então secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Rolando é próximo de Ramagem, diretor-geral do órgão, de quem é considerado "braço direito".
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A nomeação de Rolando é vista como uma alternativa do presidente para manter a influência de Ramagem, que é próximo à família Bolsonaro, na Polícia Federal - Ramagem foi segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Veja o posicionamento dos políticos sobre a nomeação de Rolando Alexandre:
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, comemorou a nomeação de Rolando.
Hoje o Presidente @JairBolsonaro indicou Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) May 4, 2020
Dono de grande currículo na instituição, tem nossos votos para que exerça um bom trabalho; torcemos também para que a independência dos poderes seja respeitada ???? pic.twitter.com/Lf2tB0E5dD
O senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade) considerou nomeação de Rolando uma afronta a decisão do STF que suspendeu nomeação de Ramagem por proximidade com a família Bolsonaro.
Bolsonaro agora afronta decisão do STF ao nomear o braço direito de Ramagem, Rolando Alexandre, p/ a PF. Bolsonaro continua tentando transformar a PF em sua polícia política p/ interferir em investigações! Enquanto isso, morrem milhares por covid-19 no país! Até quando?
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) May 4, 2020
A deputada federal e apoiadora do presidente Bolsonaro, Carla Zambelli também falou sobre a nova nomeação para a Polícia Federal.
Rolando Alexandre é o escolhido pelo PR. @jairbolsonaro para comandar a PF.
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) May 4, 2020
Rolando foi superintendente da PF em Alagoas e também chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros.
A ex-candidata à presidência Marina Silva criticou a escolha de Rolando para cargo da PF por ele ser considerado"braço-direito" de Alexandre Ramagem.
O presidente Bolsonaro escolheu o braço-direito de Alexandre Ramagem na ABIN para ser o novo diretor-geral da PF. A situação pode ser ainda pior e mais preocupante, caso o novo diretor atue como subserviente do subserviente para atender aos interesses da família Bolsonaro.
— Marina Silva (@MarinaSilva) May 4, 2020
A deputada federal Bia Kicis (PSL) comemorou a nomeação de Rolando Alexandre para a PF e, como dica, orientou que o novo diretor-geral não se esquecesse de manter Bolsonaro atualizado dos relatórios da inteligência.
Parabéns pela nomeação, Rolando Alexandre de Souza! Que Deus ilumine vc nessa missão de chefiar a importantíssima instituição da Polícia Federal do Brasil. E não se esqueça de deixar nosso Presidente muito bem informado com os relatórios de inteligência. pic.twitter.com/SI5po987Ks
— Bia Kicis (@Biakicis) May 4, 2020
O ex-candidato à presidência Guilherme Boulos (PSOL) insinuou de que, com a nomeação de Rolando, Bolsonaro estaria mantendo a PF como "braço político".
Bolsonaro nomeou Rolando Alexandre, assessor de Ramagem na Abin, para dirigir a PF. Ou seja, em vez do amigo do Carluxo, o sub do amigo do Carluxo. Apequena a Polícia Federal e mantém a linha de usá-la como braço político.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) May 4, 2020
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