Polêmica

Presidente da Fundação Palmares diz que movimento negro é uma 'escória maldita'

Camargo disse ainda que Zumbi "era um filho da p... que escravizava pretos" e que não ia apoiar "agenda da consciência negra"

Douglas Hacknen
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Douglas Hacknen
Publicado em 02/06/2020 às 22:06 | Atualizado em 02/06/2020 às 22:57
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Presidente da fundação Palmares - FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, em reunião privada realizada no dia 30 de abril, revelada nesta terça-feira (2) pelo jornal O Estado de São Paulo, chamou os movimentos negros de “escória maldita”, que só abriga “vagabundos”. Sérgio ainda chamou Zumbi, que dá nome a fundação que ele preside, de “filho da puta que escravizava pretos”.

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A reunião contou com a presença outros dias servidores e tinha com pauta principal tratar do desaparecimento do celular corporativo de Camargo, enquanto ele estava afastado do cargo, por decisão judicial. Além de criticar os movimentos, o presidente também prometeu botar na rua diretores da autarquia que não tiverem como “meta” a demissão de um “esquerdista”.

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“Eu exonerei três diretores nossos (...). Qualquer um deles pode ter feito isso. Quem poderia? Alguém que quer me prejudicar, invadir esse prédio para me espancar, invadir com a ajuda de gente daqui... O movimento negro, os vagabundos do movimento negro, essa escória maldita”, disse o presidente da Fundação Palmares. 

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“Esses filhos da p... da esquerda não admitem negros de direita. Vou colocar meta aqui para todos os diretores, cada um entregar um esquerdista. Quem não entregar esquerdista vai sair. É o mínimo que vocês têm que fazer”, advertiu, ao falar que não vai adiantar o tirar do cargo e falando sobre possíveis retaliações.

Ao falar sobre o homem que dá nome a fundação, Camargo argumentou que "não tenho que admirar Zumbi dos Palmares, que, para mim, era um filho da p... que escravizava pretos. Não tenho que apoiar agenda consciência negra. Aqui não vai ter, vai ter zero da consciência negra. Quando cheguei aqui, tinham eventos até no Amapá, tinha show de pagode no dia da consciência negra”, reclamou.

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