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Após saída de Weintraub, Paulo Vogel é o novo ministro interino da Educação

Economista ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 22/06/2020 às 8:46 | Atualizado em 22/06/2020 às 9:49
Ministério da Educação
O secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel (centro) - FOTO: Ministério da Educação

Após a exoneração de Abraham Weintraub do comando do Ministério da Educação, Antonio Paulo Vogel de Medeiros assume como ministro interino da pasta.

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Anteriormente, Vogel ocupava o cargo de secretário-executivo, sendo considerado o número 2 da pasta, desde que Weintraub tomou posse, em abril de 2019.

De acordo com o portal do Ministério da Educação, o líder interino "atua em gestão pública há mais de 20 anos, tendo, durante esse período, ocupado funções de chefia e alta direção na Secretaria do Tesouro Nacional". Vogel tem graduação em economia e direito e pós-graduação em administração financeira. 

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Paulo ainda participou do grupo de transição do governo Bolsonaro e atuava como secretário-executivo adjunto da Casa Civil, onde Weintraub também foi o secretário-executivo.

Entre 2013 e 2014, trabalhou como secretário-adjunto de Finanças e Desenvolvimento Econômico da cidade de São Paulo, período em que Fernando Haddad era prefeito.

Esse tempo no gabinete do petista foi motivo de incômodo para aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quando Vogel foi escolhido para ser braço direito de Abraham Weintraub na Casa Civil.

Perfil

No site do Ministério da Educação, o perfil de Vogel está apresentado desta forma:

"Servidor público federal, no cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle, o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) é formado em Economia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e em Direito, pela Universidade de Brasília (UnB). Também possui pós-graduação em Administração Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Atua em gestão pública há mais de 20 anos, tendo, durante esse período, ocupado funções de chefia e alta direção na Secretaria do Tesouro Nacional, nos estados do Rio de Janeiro e de Goiás, na cidade de São Paulo e no governo do Distrito Federal. No Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, foi secretário de Gestão e assessor especial no Ministério da Fazenda.

Fora do serviço público, trabalhou como consultor do Banco Mundial em finanças públicas e diretor do IRB Brasil Resseguros.

Vogel participou do processo de transição do Governo Federal. Em janeiro de 2019, assumiu o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República e, posteriormente, passou a fazer parte do MEC."

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Weintraub

A possibilidade de Weintraub deixar o MEC vinha sendo levantada nas últimas semanas. O argumento dos que são a favor da demissão é de que Weintraub é um gerador de crises desnecessárias em um momento em que o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, inquérito e ações que pode levar à cassação do mandato, tenta diminuir a tensão na Praça dos Três Poderes. A situação de Weintraub piorou após ele se reunir, no domingo (14), com manifestantes bolsonaristas. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal para não realizar atos na Esplanada dos Ministérios.

No encontro com os apoiadores do presidente, o ministro repetiu os ataques ao Supremo. "Eu já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos." A declaração remete ao que ele já havia declarado na reunião ministerial do dia 22 de abril, quando disse que colocaria na cadeia os ministros da Corte, a quem classificou como "vagabundos". Ele responde a um processo por causa dessa afirmação.

Bolsonaro chegou a criticar a participação de Weintraub na manifestação. Para o chefe do Executivo, a presença dele no ato "não foi prudente, apesar de nada de grave ter falado". Segundo apurou o Broadcast/Estadão, na última segunda-feira (15), Bolsonaro esteve reunido com o então ministro para discutir sua possível exoneração "sem traumas".

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