O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (11), em entrevista à TV 247, acreditar que temos todas as condições para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não seja reeleito em 2022. O petista não falou especificamente sobre algum candidato do partido, mas, sim, da classe política no geral, já que, de acordo com ele, o Brasil tem "muita gente melhor" do que o atual chefe do Executivo.
"Estou convencido de que temos todas as condições de tirar Bolsonaro. O Brasil teve um tempo em que a esperança venceu o medo. No caso de Bolsonaro, a ignorância venceu a inteligência. Não é possível que as pessoas não se deem conta de que o Brasil tem muita gente melhor", afirmou.
Lula aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, responsável por sua condenação. O objetivo do partido é anular os processos que condenaram o ex-presidente para abrir espaço para possível candidatura à presidência em 2022.
Ele afirma que, no entanto, mesmo que não consiga se candidatar, estará ajudando de alguma forma. "Estarei na disputa, qualquer que seja a posição. De lateral direita a ponta esquerda, eu estarei jogando para restabelecer a democracia no nosso querido país."
Ministros indicam suspeição de Moro
Ao analisar um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma ação da Lava Jato, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski atacaram na terça-feira, 4, a atuação do ex-juiz federal Sérgio Moro à frente da Justiça Federal em Curitiba. Expoentes da ala do Supremo mais crítica à operação, os dois magistrados indicaram voto para declarar a suspeição do ex-juiz ao condenar o petista, em um julgamento que deve ocorrer até o fim de outubro na Segunda Turma da Corte, mostrou reportagem da edição dessa quarta-feira (5), do jornal O Estado de S. Paulo.
No julgamento da terça-feira, a mesma Segunda Turma aceitou, por dois votos a um, um pedido da defesa do ex-presidente para que a delação do ex-ministro Antonio Palocci seja excluída da ação penal que envolve o Instituto Lula. Os advogados do petista contestaram a condução do processo por Moro, que incluiu as acusações feitas por Palocci depois que o prazo da fase de coleta de provas já havia sido encerrado.
Para Gilmar e Lewandowski, há indicativos de que Moro "quebrou a imparcialidade" e violou o sistema acusatório ao decidir incluir "de ofício" (sem ser provocado por ninguém) a delação do ex-ministro nas investigações e torná-la pública a seis dias da disputa eleitoral de 2018.
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