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Bolsonaro afirma que pretende ir à Justiça contra Globo

O presidente quer pedir esclarecimentos sobre o Jornal Nacional tê-lo questionado a respeito do Brasil ter registrado mais 100 mil mortes em decorrência da covid-19

Bruna Oliveira
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Bruna Oliveira
Publicado em 14/08/2020 às 17:15 | Atualizado em 14/08/2020 às 17:24
REPRODUÇÃO/FACEBOOK
Bolsonaro durante live na noite dessa quinta-feira (13) - FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Durante transmissão ao vivo realizada em suas redes sociais na noite dessa quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro ameaçou procurar a Justiça para pedir esclarecimentos à Globo sobre o Jornal Nacional tê-lo questionado a respeito do Brasil ter registrado mais 100 mil mortes em decorrência da covid-19 no último sábado (8).

Sem citar o nome do noticiário, o político disse que o telejornal apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos o acusou de ser genocida. O presidente também afirmou que há poucos dias um "órgão de imprensa grande" o acusou de ser responsável por 100 mil mortes. Para ele, "isto não tem cabimento". 

Enquanto fazia a live, Bolsonaro citou que pretende tomar ações contra a Globo. "Vamos tentar a responsabilização e o esclarecimento da verdade no tocante a essa matéria, porque não dá para a gente não se defender disso. Uma acusação de genocida para cima de mim no horário nobre, ou que eu sou o responsável e de que deveria cumprir a Constituição", disse.

Na gravação, como forma de justificar suas ações diante da pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro leu uma portaria assinada pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em 20 de março, em que era determinado o isolamento domiciliar para pessoas que tivessem problemas respiratórios. Após isto, ele chamou o ex-ministro de "marqueteiro da Globo" e afirmou que a medida não deu certo. Mandetta foi demitido pelo presidente, durante a pandemia, por questões de divergências. Um dos embates era Bolsonaro defender a utilização da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves da covid-19, o que o ex-ministro era contra, visto que o medicamento poderia oferecer riscos à saúde.

"A história vai mostrar onde se errou, ou não, e se poderiam ter se evitado mortes. Seria impossível evitar todas as mortes, mas mortes poderiam ter sido evitadas", alegou o presidente, que voltou a mostrar uma caixa de hidroxicloroquina. 

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