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Bolsonaro chama jornalistas de 'bundões' em evento sobre coronavírus

O chefe de Estado ressaltou que, devido ao "histórico de atleta", a chance de algum jornalista sobreviver ao pegar coronavírus "é bem menor" que a dele

Alice Albuquerque
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Publicado em 24/08/2020 às 13:59 | Atualizado em 24/08/2020 às 14:23
SÉRGIO LIMA / PODER 360
O chefe de Estado criticou o ex-ministro da Saúde, Mandetta, e exaltou Pazuello por ter liberado o tratamento do coronavírus com a hidroxicloroquina - FOTO: SÉRGIO LIMA / PODER 360

No dia que o Brasil registra 115 mil vidas perdidas para o coronavírus e um dia depois de ameaçar um jornalista após ser questionado sobre depósitos de Queiroz à primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), participou do evento "Vencendo a Covid-19" no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (24). Na ocasião, ele voltou a atacar os jornalistas, chamando-os de 'bundões', além ter criticado a atuação do ex-ministro da Saúde, Mandetta, e exaltado Pazuello, por ter liberado a prescrição da hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus

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"Aquela história de atleta né, que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num bundão de vocês [jornalistas], a chance de sobreviver é bem menor", maliciou.

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Não satisfeito, o chefe de Estado apontou que os profissionais da imprensa só sabem "fazer maldade". "Usar a caneta com maldade em grande parte. Tem exceções, como o Alexandre Garcia, a chance de sobreviver é menor que a minha".

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No discurso, Bolsonaro fez questão de comentar o episódio da facada que levou em 2018, quando fazia campanha presidencial em Juiz de Fora, Minas Gerais, para agradecer a atuação dos profissionais da saúde pela própria vida.

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O presidente também criticou a atuação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por conta do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), e exaltou o ministro interino da Saúde, Pazuello, por ter alterado a orientação de receitar a hidroxicloroquina, dando aos médicos o poder de escolha quanto ao uso no tratamento do coronavírus. 

Apenas ao final do discurso o presidente comentou das 115 mil vidas perdidas no Brasil para o coronavírus, e ainda falou da hidroxicloroquina. "Se a hidroxicloroquina não tivesse sido politizada, muitas dessas vidas não teriam sido salvas dessas 115 mil que o Brasil chegou nesse momento", finalizou.  

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