Dia da Independência

Atos à esquerda e à direita marcam o 7 de setembro no Recife

Na área central da cidade, será realizado o 26º Grito dos Excluídos. Na Zona Sul, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro homenageiam o Dia da Pátria

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Publicado em 07/09/2020 às 9:04 | Atualizado em 07/09/2020 às 13:35
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O Grito dos Excluídos ocorre todos os anos no dia 7 de setembro. Na foto, é possível ver a manifestação de 2017 - FOTO: JC Imagem

Como geralmente ocorre em todo dia 7 de setembro, entidades e organizações ligados a movimentos de esquerda e de direita organizaram atos públicos no Recife para, de um lado, pedir o fim da miséria, do preconceito e da repressão e, do outro, homenagear o Dia da Pátria e demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As manifestações estão marcadas para ocorrer na área central da capital e em Boa Viagem, respectivamente.

A concentração do 26º Grito dos Excluídos será no Parque Treze de Maio, na Boa Vista. O ato é realizado desde 1995 e reúne diversas entidades sociais e religiosas para a denúncia de diversas formas de exclusão. Devido à pandemia provocada pelo coronavírus, neste ano a organização está adotando medidas de segurança para evitar aglomeração.

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“Em todos os materiais de divulgação que produzimos havia o pedido para que os participantes da manifestação usassem máscaras e levassem álcool em gel. Caso alguém esqueça, estaremos distribuindo esse material no local. Para que não haja aglomeração, na caminhada também sairemos em fila indiana”, detalhou Sandra Gomes, uma das coordenadoras da mobilização.

De acordo com a programação, o grupo se concentra a partir das 9h e sai em caminhada pelas ruas do Centro do Recife às 10h. Primeiro eles devem passar pela Rua do Hospício, seguindo pela Avenida Conde da Boa Vista, Avenida Guararapes, passando pela Praça da Independência (Praça do Diario) e finalizando o trajeto no pátio da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. “Durante o trajeto vamos realizar algumas paradas para fazer atos simbólicos em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), do Meio Ambiente e contra o racismo”, diz trecho do comunicado encaminhado pelos organizadores à imprensa.

O tema da edição deste ano é “Vida em Primeiro lugar – Basta de Miséria, preconceito e repressão – Queremos trabalho, teto e participação”. “Historicamente, o tema do Grito acontece de acordo com a realidade do País, e o que estamos vendo é um aumento significativo de casos de repressão, de preconceito e de miséria. Essa é a realidade social que permeia o País e é contra isso que lutamos”, pontuou Sandra. O ato é organizado por entidades como a Marcha das Margaridas, movimentos das igrejas católica e evangélica e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

BOA VIAGEM

Na Zona Sul do Recife, integrantes do Movimento Cidadão se reúnem a partir das 11h na frente da Padaria Boa Viagem para “um grito pela liberdade de expressão e pela governabilidade do presidente da República”. “Nós vamos homenagear o Dia da Pátria, pois somos patriotas, e pedir um País sem corrupção, que se desenvolva. Queremos que o presidente possa governar, porque hoje ele está sendo impedido de fazer isso. Nós vivemos em uma República Federativa, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) deu autonomia para os governadores de cada estado agirem como bem entendem e agora eles não seguem sequer o protocolo do Ministério da Saúde para o tratamento pré-hospitalar da covid-19”, explicou Maria Dulce Sampaio, uma das coordenadoras do grupo.

Conforme informações repassadas pelo Movimento Cidadão, os manifestantes seguirão em caminhada pela Avenida Boa Viagem com bandeiras do Brasil e algumas faixas a partir do meio-dia. A ideia é seguir pelo calçadão em direção ao Terceiro Jardim, parar para confraternizar com um grupo que estará colhendo assinaturas para a formalização do partido Aliança pelo Brasil e, às 13h, ir para o Segundo Jardim, onde uma grande bandeira nacional será hasteada, o hino será executado e haverá queima de fogos de artifício.

“O que a gente quer é um Brasil unido, um povo só, com liberdade de expressão, onde todos possam dizer o que pensam”, cravou Maria Dulce.

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