O assessor especial da Presidência Arthur Weintraub anunciou em vídeo gravado ao lado do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (15) que está de saída do governo para assumir um cargo na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA).
A mudança ocorre três meses após seu irmão, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, ter sido indicado pelo governo brasileiro para o cargo de diretor no Banco Mundial também na capital americana.
Ao melhor presidente, um até breve. Não é um adeus. pic.twitter.com/VSi8NVGlBT
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) September 15, 2020
O Palácio do Planalto ainda não oficializou a saída de Arthur Weintraub. Também não foi divulgado o cargo exato que ele ocupará na organização. O Estadão apurou que Arthur Weintraub será nomeado secretário de Acesso a Direitos e Equidade. O posto atua na promoção de inclusão e equidade nos países da região.
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Seguidores do guru da direita Olavo de Carvalho, os dois irmãos se aproximaram de Bolsonaro antes da campanha eleitoral de 2018. No governo, os dois integraram a ala ideológica, que vem perdendo espaço desde que o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, passou a adotar um tom menos beligerante. Os Weintraub eram apontados como dois dos principais responsáveis pela radicalização do discurso de Bolsonaro.
"Estou triste, porque vou deixar o cargo de assessor do presidente Bolsonaro. Quero dizer para ele que foi uma honra. De coração foi uma honra ter trabalhado com o senhor nessa oportunidade que o senhor me deu. Estou indo para OEA na área de direito, um cargo de direito", disse Arthur.
À frente da OEA está o uruguaio Luiz Almagro, reeleito em março deste ano para um mandato até 2025. "Conversei com o presidente desde o começo e brinquei com ele que agora vai sobrar um pouco mais de comida para o almoço. O secretário da OEA é o Almagro, e agora vai ter o El Magro", disse.
O presidente agradeceu a Arthur por ter embarcado no projeto dele à Presidência "quando ninguém acreditava". Os três chegaram a fazer uma viagem juntos para o Japão, Coreia do Sul e Taiwan em 2018. Bolsonaro disse que o ex-assessor tem "participação muito grande" no que é feito no governo atualmente.
"Chegar (à Presidência) é uma coisa, fazer uma bom governo é outra. Outras boas pessoas ao longo desse tempo cerraram ao nosso lado. De modo que acredito que estamos fazendo um bom governo em especial no tocante à nossa economia. Ele tem uma participação muito grande naquilo que fazemos hoje em dia. Muito obrigada, boa sorte lá", disse Bolsonaro.
Após o ex-assessor dizer que o presidente poderá seguir contando com ele e o irmão, Bolsonaro respondeu: "Quando quiser retornar, as portas estão abertas".
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