O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (5), que vai atuar no Congresso, no próximo ano, para que o País volte a ter voto impresso nas eleições de 2022, quando pretende se candidatar à reeleição. Para ele, a modalidade de votação permite auditoria "de verdade".
“Já está bastante avançado o estudo. A gente espera, no ano que vem, entrar, mergulhar na Câmara e no Senado para que possamos realmente ter um sistema eleitoral confiável em 2022”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou que pode ser aproveitada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL), que exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos. O texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Sem citar diretamente os Estados Unidos, Bolsonaro disse que é necessário ver o que “acontece em outros países e buscar um sistema confiável”. Nos EUA, o voto é por cédula.
Em março deste ano, em um evento com apoiadores brasileiros em Miami, nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que houve fraude eleitoral em 2018 e que foi eleito ainda no primeiro turno. Ele disse que tinha prova, mas não apresentou.
STF
Em setembro deste ano, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu declarar, por maioria, inconstitucional a impressão de um comprovante de votação pela urna eletrônica, como previa a minirreforma eleitoral, sancionada em 2015.
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