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Ministério da Saúde apaga tuíte que defendia isolamento social por "informações equivocadas"

Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu que a mensagem foi apagada e posteriormente corrigida

Estadão Conteúdo
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Publicado em 18/11/2020 às 22:37 | Atualizado em 18/11/2020 às 22:37
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As orientações seguiam cartilhas de autoridades sanitárias e entidades médicas. - FOTO: Reprodução/Twitter

O Ministério da Saúde informou, em nota divulgada na noite desta quarta-feira, 18, que excluiu do Twitter uma postagem que defendia o isolamento social contra a disseminação do novo coronavírus por "trazer informações equivocadas". A publicação reconhecia não existir vacina ou medicamento contra a covid-19, além de orientar o uso de máscara.

As orientações seguiam cartilhas de autoridades sanitárias e entidades médicas, mas chamaram a atenção nas redes sociais por se contrapor ao discurso adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, que minimiza a gravidade da pandemia e estimula o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, como a hidroxicloroquina.

"É importante lembrar que, até o momento, não existem vacina, alimento específico, substância ou remédio que previnam ou possam acabar com a covid-19. A nossa maior ação contra o vírus é o isolamento social e a adesão das medidas de proteção individual", dizia a publicação do Ministério da Saúde, que acabou apagada.

Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu que a mensagem "foi apagada - e posteriormente corrigida - por trazer informações equivocadas". "Um erro humano que já foi corrigido", sem detalhar quais as informações imprecisas que haviam sido divulgadas.

Na nota, a pasta reforçou a importância do atendimento precoce contra a covid-19 e medidas de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e de máscaras, até que seja encontrada uma solução efetiva para atender a população e evitar o risco de contágio. "O protocolo de tratamento para a doença e uso de medicamentos está a critério dos profissionais de saúde, em acordo com a vontade dos pacientes", prosseguiu o órgão.

No fim de outubro, Bolsonaro chegou a afirmar que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era "mais um caso concreto" de que o uso da cloroquina "deu certo", em vídeo gravado ao lado do general. Na ocasião, Pazuello disse que estava "zero bala" após tomar o remédio, mas teve de ser internado, dias mais tarde. No último dia 11, já de volta ao trabalho, Pazuello reconheceu ainda sentir efeitos do vírus. "É uma doença complicada. É difícil você voltar ao normal", afirmou.

Confira, abaixo, a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Saúde:

"O Ministério da Saúde esclarece que a resposta ao tweet publicado na manhã desta quarta-feira (18) foi apagada - e posteriormente corrigida - por trazer informações equivocadas. Um erro humano que já foi corrigido.

A pasta reforça a importância do atendimento precoce contra a Covid-19 e medidas de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e de máscaras, até que seja encontrada uma solução efetiva para atender a população e evitar o risco de contágio. O protocolo de tratamento para a doença e uso de medicamentos está a critério dos profissionais de saúde, em acordo com a vontade dos pacientes.

Reiteramos o compromisso da Pasta com a saúde da população brasileira e trabalhamos diuturnamente para obter uma vacina segura, eficaz e em quantidade o quanto antes para disponibilizar aos brasileiros."

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