Em meio às acusações de que o PSB e, por consequência a Frente Popular do Recife, estariam disseminando informações falsas e desferindo ataques pessoais contra a candidata a prefeita pelo PT, a deputada federal Marília Arraes, o deputado federal e também candidato a prefeito João Campos (PSB), utilizou suas redes sociais para rechaçar qualquer tipo de “ataque de baixo nível” contra seus adversários políticos.
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“Eu não autorizo, nem jamais autorizaria, qualquer tipo de ataque de baixo nível, com qualquer tipo de ofensa pessoal, contra quem quer que seja. Eu entrei na política para defender princípios e combater práticas condenáveis”, declarou Campos, nesta segunda-feira (23).
“Eu busco construir convergências e, diante de divergências, naturais na vida e na política, eu debato ideias e projetos, crítico desempenhos administrativos, discordo de visões sobre prioridades de uma gestão ou partido, mas isso é outro campo de embate”, completou.
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Ainda segundo João Campos, ele foi o primeiro candidato a lançar uma ação de combate à fake news, ainda no início do primeiro turno das eleições, o “Recife Não tá pra Fake” - um canal de comunicação, por WhatsApp, para receber denúncia por parte dos eleitores de notícias e informações falsas. “Fui o primeiro a pedir ao Ministério Público a apuração de denúncias sobre materiais apócrifos vistos no Recife. De minha parte, nunca irão surgir ataques pessoais, baixarias, acusações ou notícias falsas”, declarou em seu perfil oficial no Twitter.
O deputado federal também afirmou estar sendo vítima, neste segundo turno, de diversos ataques não contra ele, mas envolvendo membros de sua família. Vários áudios e vídeos adulterados estariam circulando com mentiras e difamações.
O 2º turno de uma eleição é um debate direto entre duas formas de fazer política, de fazer gestão, de fazer campanha. Eu não abro mão do diálogo com as pessoas, da apresentação de propostas, de trabalhar sempre com a verdade. + pic.twitter.com/YY4iIbufD1
— João Campos (@JoaoCampos) November 23, 2020
No debate da Rádio Jornal, nesta quinta-feira (29), Marília Arraes acusou João Campos de estar por trás dos lambe lambes apócrifos espalhados pela cidade com a imagem dela. Nos últimos dias, também sido distribuídos em diversos pontos do Recife, um panfleto afirmando que "quem é cristão de verdade" não vota na petista. Entre outras acusações, o material diz que ela teria tirado a Bíblia da Câmara do Recife.
Sem mencionar estes episódios diretamente, o candidato a prefeito do Recife pela Frente Popular, deixou claro que todo o material referente sua campanha é registrado no Tribunal Regional Eleitora (TRE)-PE. "Tudo absolutamente declarado. Eu fui o único deputado federal da eleição passada que tive minhas contas 100% aprovadas sem ressalvas. Porque tenho compromisso de fazer com transparência e com correção. Materiais apócrifos sem assinatura que tem na cidade, eu inclusive tive a iniciativa de pedir à Justiça Eleitoral que investigue quem colocou.", declarou o socialista em entrevista à Rádio CBN Recife, nesta segunda-feira.
Campos reforçou que tem feito campanha respeitando as pessoas e que sua postura tem sido apenas de rebater promessas que considera falsas e mentirosas. "Não admitimos nenhum ato ilícito na campanha. Não faço de tudo por um voto", cravou o candidato.
Chegada ao segundo turno
Sobre sua chegada ao segundo turno, com uma diferença acirrada de 29,17% dos votos contra 27,95 da candidata Marília Arraes, João Campos defendeu seus projetos apresentados até este momento e o apoio que afirma estar recebendo não só de seus aliados, mas das pessoas com quem tem conversado pelas ruas do Recife.
"Chego com o sentimento que temos acertado na caminhada. O acerto em poder falar a verdade para as pessoas, em ouvir sempre, poder ter compromisso daquilo que é fundamental. Por isso que a gente anunciou várias ações para a cidade, todas elas factíveis", afirmou João Campos.
Durante a entrevista na rádio, o socialista foi questionado a respeito de como se posiciona seu partido, já que há duas candidaturas em disputa sob o mesmo espectro político, a esquerda. "Nós somos um partido de centro-esquerda com capacidade de autocrítica. O PSB está fazendo, nesse momento, uma autorreforma, porque toda instituição precisa se modernizar, se atualizar. E isso só é possível quando se faz autocrítica", explicou.
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