Eleição municipal

Ibope/JC/Rede Globo: governo do presidente Jair Bolsonaro enfrenta rejeição de 46% no Recife

Ainda assim, o presidente diminuiu seis pontos percentuais de rejeição em relação à última rodada da pesquisa; confira os dados

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Publicado em 26/11/2020 às 6:40
Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro (sem partido), presidente do Brasil, em aglomeração durante pandemia da covid-19 - FOTO: Isac Nóbrega/PR

A maior parte dos recifenses continua a manifestar descontentamento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No entanto, a sétima rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo, divulgada nesta quarta-feira (25), mostra que o percentual do eleitorado que considera a gestão federal ruim ou péssima oscilou de 52% no levantamento anterior, do dia 18 de novembro, para 46%. Enquanto isso, os que avaliam a forma que ele conduz o País como ótima ou boa oscilaram de 26% para 29% e os que enxergam a administração como regular oscilaram de 24% para 25%.

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Para a cientista política Priscila Lapa, da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), a avaliação do governo federal não vem interferindo na eleição do Recife. "Se mantém um cenário muito ruim de avaliação. O presidente Bolsonaro, considerando o critério renda, é mal avaliado em todos os extratos, mas tem avaliação negativa, expressão do péssimo, muito naquelas que ganham até um salário mínimo e entre os que possuem renda entre um e dois salários, que é o público do auxílio emergencial. Assim, aqui no Recife, identificamos que, no momento não houve nenhuma gratificação quanto a isso", explicou.

Segundo a pesquisa, o percentual de ruim e péssimo de Bolsonaro chega a 48% no público com renda de até um salário. Outros 24% consideram a gestão do presidente regular e 27% acreditam ser ótima ou boa. Um por cento não sabe ou não respondeu.

A avaliação positiva de Jair Bolsonaro cresce na medida em que a renda do recifense cresce. Tanto no público com mais de cinco salários de renda e no grupo com mais de dois salários até cinco, o presidente possui avaliação de ótima e boa de 33%.

Religiosos

Ainda assim, em extratos nos quais se espera uma melhor avaliação do presidente, como no segmento evangélico, ele ainda tem um percentual de ruim ou péssimo acima de trinta pontos percentuais. Entre os evangélicos, a avaliação de Bolsonaro é ótima ou boa para 41%, outros 26% afirmam ser regular e 33% disse ser ruim ou péssima. Um por cento não sabe ou não respondeu.

"Mesmo entre evangélicos, onde poderíamos esperar índices maiores, ele (Bolsonaro) não tem. Então, o voto evangélico que João Campos está angariando, com certeza, não é associado. A migração é mais antipetista, sem referência a essa liderança de Bolsonaro", destacou Priscila Lapa.

Já o cientista político Elton Gomes, da Faculdade Damas, aponta que a avaliação go governo pode estar melhor por conta dos eleitores que a consideram "regular". "Isso é uma distorção estatística comum. As pessoas acham que só é considerado uma avaliação boa quando é ótimo e bom. Regular é muito mais para positivo para o representante do que negativo para ele. Mas quando você considera regular, essa distorção é muito comum. As pessoas tendem a acreditar que a avaliação é muito pior do que é", explicou o professor.

Entre católicos recifenses, o percentual de bom e ótimo de Bolsonaro fica em 26%, com 25% afirmando ser regular e 48% afirmando ser ruim ou péssima. Esse índice de rejeição é ainda maior entre os que se afirmam de outras religiões. Nessa faixa do eleitorado, 55% dizem que a gestão de Bolsonaro é ruim ou péssima, outros 23% que é regular e 21% que é ótima ou boa.

Pesquisa

A pesquisa foi realizada de forma presencial entre os dias 23 e 25 de novembro de 2020. Foram entrevistados 1.001 votantes do Recife. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com o nível de confiança de 95%. A pesquisa, contratada pelo Jornal do Commercio e Rede Globo, está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco sob o protocolo Nº PE04600/2020.

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