O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso neste domingo (29), após votação no Rio de Janeiro. Ele votou pela manhã, na Escola Municipal Rosa da Fonseca, dentro da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio, e, na saída, fez críticas à utilização da urna eletrônica. Sem apresentar provas de fraudes, ele questionou sua segurança, segundo informações do UOL. O presidente teria ainda declarado o seu voto em Marcelo Crivella (Republicanos).
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"Eu espero do sistema eleitoral brasileiro que em 2022 tenhamos um sistema seguro, que possa dar garantias ao eleitor que, em quem ele votou, o voto foi efetivamente para aquela pessoa. O voto impresso é uma necessidade, as reclamações são demais. Eu estou vendo trabalho de hacker aqui e em qualquer lugar. A apuração tem que ser pública. Quem não quer entender isso, eu não sei o que pensa da democracia", afirmou o presidente.
Neste domingo, Bolsonaro disse ainda que tem conversado com as lideranças do Congresso para avaliar a volta do voto impresso. "Podemos continuar votando e não tendo a certeza se aquele voto foi ou não para aquela pessoa. E deixar bem claro, o voto impresso, ninguém bota a mão no papel, fica atrás do visor. Ele concorda depois de seu voto ser imprimido (SIC) e cai dentro da urna. Qualquer delegado de partido pode pedir recontagem naquela área e você vai ter a comprovação do voto eletrônico no papel, é pedir muito?", questionou.
O esquema de segurança foi reforçado na escola onde o presidente votou neste domingo. Eleitores que votaram no local até as 10h40, horário em que Bolsonaro chegou ao local, precisaram passar por detector de metal e revista em bolsas e mochilas.
Após desembarcar na capital carioca, o presidente foi direto para o local de votação. Antes de entrar na escola, Bolsonaro cumprimentou e tirou fotos com apoiadores que o aguardavam. O presidente retorna para Brasília ainda neste domingo e, nesta segunda-feira (30), como é feriado distrital do Dia do Evangélico na capital federal, ele não tem compromissos oficiais previstos.
Resposta
Em resposta às críticas de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que tratar de voto impresso "coloca em xeque" o atual sistema eleitoral, que é "muito seguro". As informações são do UOL.
"Essa mistura acaba gerando uma insegurança num sistema que é muito seguro. Eu, por exemplo, fui sempre defensor de uma amostragem do voto impresso. Mas tratar desse assunto agora significa colocar em xeque um sistema que tem dado certo e que é muito seguro", argumentou Maia. "Eu, por enquanto, acho que este assunto não deveria estar na pauta. Apesar de ter sempre defendido alguma amostragem do voto impresso no Brasil", completou.
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