O pleno do Tribunal de Contas da União (TCU) elegeu por unanimidade, com nove votos, a ministra Ana Arraes para presidente daquela corte e o ministro Bruno Dantas para vice. "Não posso deixar de lembrar que neste século serei a primeira mulher a presidir esta Casa. Sinto-me honrada por elevar a participação feminina nas tomadas de decisão e pretendo inspirar outras mulheres a alçarem espaços como este, assim como fez a saudosa ministra Élvia Lordello Castello Branco, primeira mulher a ascender ao cargo", disse Ana Arraes no pronunciamento que fez logo depois da eleição. Élvia foi presidente do TCU entre 1987 e 1995. Ana é avó do prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), mãe do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e filha do ex-governador Miguel Arraes (PSB).
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No seu discurso, Ana Arraes afirmou que vai conduzir a presidência desta Casa "em todo o conhecimento e experiência que o tribunal vem se firmando ao longo dos anos". Sobre os planos, afirmou que a nova gestão terá "continuidade administrativa e os ajustes que consideramos necessários". Ela terminou o discurso agradecendo aos ministros e ao corpo técnico da Casa.
O mandato de Ana Arraes e de Bruno Dantas é de um ano, com possibilidade de recondução por igual período. Ana Arraes vai substituir o também pernambucano José Múcio, atual presidente daquela corte de contas. Além da vice-presidência, Dantas também assumirá a Corregedoria do órgão.
Participaram da eleição os nove ministros titulares do Tribunal. A votação é uma formalidade, porque pelo regimento do TCU é escolhido o ministro mais antigo que ainda não tenha assumido a presidência. Desse modo, depois dela o próximo presidente será Bruno Dantas.
A cerimônia de posse de Ana Arraes está marcada para o próximo dia 10 e o exercício da gestão começa em 1º de janeiro de 2021. A assessoria de comunicação disse que ela só vai dar entrevista depois que iniciar a sua gestão.
Ana Arraes foi indicada ao TCU pela Câmara dos Deputados, em 2011, para a vaga aberta após a aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar. A escolha contou com a articulação política do ex-governador Eduardo Campos, morto num acidente aéreo na campanha presidencial de 2014. Ela é formada em direito e foi deputada federal por Pernambuco entre 2007 e 2010.
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