Vacina

Rodrigo Maia diz que demora na compra da vacina da covid-19 é 'maior erro político' de Bolsonaro

Segundo avalia o presidente da Câmara dos Deputados, o tema da vacina pode gerar o "maior dano de imagem para o presidente"

JC
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Publicado em 12/12/2020 às 11:14 | Atualizado em 12/12/2020 às 11:44
CAROLINA ANTUNES/DIVULGAÇÃO
MAIA Ex-presidente da Câmara se sentiu traído e deixará o partido - FOTO: CAROLINA ANTUNES/DIVULGAÇÃO

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse considerar a demora na compra da vacina da covid-19 como o "maior erro político" cometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Presidência da República. 

"A demora na compra da vacina é o maior erro político de Bolsonaro. Esse é o tema que pode gerar o maior dano de imagem para o presidente", resumiu Maia em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. 

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Para o democrata, a forma como o presidente está lidando com a questão da vacina pode inclusive impactar no seu projeto de reeleição nas eleições de 2022. "Faz voltar na memória das pessoas todos os erros do governo, desde o início da pandemia", disse.

Bolsonaro e Dória

Maia também aproveitou para criticar a politização a respeito da vacina. O presidente e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) travam uma guerra de narrativa em relação a vacinação no País. Dória anunciou na semana passada que começará a vacinar os paulistas no dia 25 de janeiro, aniversário da capital São Paulo, mas não há até então liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O tucano lidera a iniciativa da compra da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantã. 

Já Bolsonaro, que já se colocou contra a Coronavac, disse que vai disponibilizar vacinas de forma gratuita e voluntária, mas sem se utilizar delas para "projetos pessoais e de poder".

"As pessoas estão começando a entrar em pânico, em desespero", diz Maia. "E aí ele [Bolsonaro] isenta a importação de armas. Precisa tratar sem paixão, sem ideologia, esquecer o conflito com o governador de São Paulo", completou o presidente da Câmara. 


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