EUA

Biden pressiona Trump a assinar pacote de socorro de US$ 900 bilhões

Um dia após o Congresso dos EUA aprovar o pacote fiscal, Trump disse que o projeto de lei era 'muito diferente do que esperávamos' e defendeu que os parlamentares mudassem o texto para que ele pudesse assiná-lo

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Publicado em 26/12/2020 às 17:00
JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP
Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos - FOTO: JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, a assinar o novo pacote de socorro fiscal do país, aprovado na última semana pelo Congresso, com apoio de democratas e republicanos. "É o dia seguinte ao Natal, e milhões de famílias não sabem se conseguirão pagar as contas por causa da recusa do presidente Donald Trump em assinar um projeto de lei de alívio econômico aprovado pelo Congresso com uma maioria esmagadora e bipartidária", inicia a mensagem, divulgada por Biden. Ele também afirma que a "abdicação de responsabilidade" de Trump "tem consequências devastadoras".

A mensagem foi divulgada horas depois de o atual presidente norte-americano voltar a usar suas redes sociais para criticar o pacote, dizendo que ele simplesmente gostaria que as pessoas "recebam US$ 2 mil, em vez dos míseros US$ 600 que estão agora no projeto de lei". A declaração não é uma novidade. Um dia após o Congresso dos EUA aprovar o pacote fiscal de US$ 900 bilhões, na última segunda-feira, Trump disse que o projeto de lei era "muito diferente do que esperávamos" e defendeu que os parlamentares mudassem o texto para que ele pudesse assiná-lo. Entre as alterações pleiteadas estava justamente o aumento do valor do pagamento direto a americanos para US$ 2 mil.

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Na mensagem deste sábado, Joe Biden voltou a dizer que o pacote fiscal é um primeiro passo e que outras ações precisarão ser tomadas no início de 2021 para reanimar a economia e conter a pandemia, "incluindo atender à extrema necessidade de financiamento para distribuir e administrar a vacina e aumentar nossa capacidade de teste". Biden já havia dito, durante a semana, que vai propor um projeto de alívio econômico adicional, que incluirá extensão de benefícios a desempregados para além de 10 semanas, além de pagamentos diretos a cidadãos.

O presidente eleito dos EUA também salientou, neste sábado, 26, que, sem a nova lei, cerca de 10 milhões de americanos perdem os benefícios do seguro-desemprego. Além disso, ele cita que o financiamento do governo expirará, colocando em risco serviços vitais e contracheques de militares, enquanto o fim da moratória sobre despejos colocará milhões de pessoas sob risco de serem forçados a deixar suas casas. "Atraso significa que mais pequenas empresas não sobreviverão a este inverno porque não têm acesso à linha de vida de que precisam, e os americanos enfrentarão mais atrasos para obter os pagamentos diretos que merecem o mais rápido possível para ajudar a lidar com a devastação econômica causada pela covid-19", acrescentou.

"Em novembro, o povo americano falou claramente que agora é um momento para ação bipartidária e compromisso. Fiquei animado ao ver os membros do Congresso atenderem a essa mensagem, cruzarem o corredor e trabalharem juntos. O presidente Trump deve se juntar a eles e garantir que milhões de americanos possam colocar comida na mesa e manter um teto sobre suas cabeças nesta temporada de férias", concluiu Biden.

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